Em meio à luta para reconstruir as cidades do Vale e prestar socorro, um problema surge pelas ruas, os chamados “turistas de enchentes”. Na Coronel Mussnich, uma das principais ruas de Estrela, a presença dos visitantes incomoda os trabalhadores que estão na linha de frente da limpeza. Para tentar coibir o movimento indesejado e manter o foco nos esforços, uma placa “proibido turistas” foi colocada no começo do trajeto.
Robson, um dos voluntários que atua no local, conta que a rua está apertada devido a quantidade de entulhos e a presença de turistas acaba atrapalhando o trabalho. “Se, em vez de passear de carro para ver o estrago, as pessoas colocassem a mão na massa para ajudar o pessoal, com certeza a gente conseguiria resolver as coisas bem mais rápido”, afirma.
Em Estrela, bairros como Moinhos, Marmitt, Indústrias e parte do Boa União foram afetados. Segundo Robson, nestes locais é nítido que a atitude de algumas pessoas que transitam de carro parece mais voltada para o entretenimento do que para a solidariedade. “A gente vê que é pessoal de fora e vem para passear mesmo”.
Diante deste cenário, vítimas e voluntários pedem a conscientização das pessoas e clamam por solidariedade. Aqueles que desejam ajudar são bem-vindos, de acordo com Robson. “Isso não vai ser resolvido em um mês, dois. Vai ser um ano penando. Estrela voltou há pelo menos 30 anos de evolução”, finaliza.
Saiba como ajudar
Em Estrela, os voluntários podem se encaminhar para a Soges ou diretamente aos abrigos do município. Entre as demandas, a principal necessidade dos moradores incluem:
– Alimentos, água e produtos de higiene e limpeza – Ginásio do Colégio Santo Antônio
– Móveis, roupas e calçados – Sociedade Ginástica de Estrela (Soges)
