“Colapso total”, diz prefeito de Venâncio Aires

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“Colapso total”, diz prefeito de Venâncio Aires

São pelo menos 800 pessoas abrigadas em quatro pontos de acolhimento. Mais de 23 mil pessoas foram deslocadas de suas residências e muitas comunidades ainda isoladas

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“Colapso total”, diz prefeito de Venâncio Aires
Foto: Cristiano Wildner
Venâncio Aires

Uma situação caótica e dramática assola também o município de Venâncio Aires, onde a enchente catastrófica têm deixado um rastro de destruição e desespero. Pessoas desaparecidas, casas invadidas pelas águas, pontes levadas pela força da correnteza e ruas transformadas em rios são apenas algumas das consequências desse desastre natural.

Os heróis emergem em meio ao caos, com helicópteros salvando milhares de pessoas das regiões mais afetadas. Pelo menos 800 pessoas estão em quatro pontos de acolhimento, incluindo a Estância Nova e a comunidade evangélica de Linha Herval.

No entanto, a situação permanece crítica, com cerca de 23 mil pessoas deslocadas de suas residências e muitas comunidades ainda isoladas, aguardando por ajuda. Capatazias trabalham incansavelmente para alcançar os pontos mais remotos da cidade, como Linha Deodoro, Linha Leonor e Linha América, onde as estradas se tornaram intransitáveis devido às crateras formadas pelas águas. A RSC-287 segue sem passagem.

Como presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa ressalta enfrentar uma difícil tarefa de coordenar esforços entre os municípios vizinhos, descrevendo a situação como uma guerra, uma verdadeira catástrofe total. “A comunicação é prejudicada pela dificuldade de telefonia, enquanto os hospitais lidam com o racionamento de materiais essenciais e oxigênio, intensificando o desafio de salvar vidas em meio ao caos”.

A incerteza paira sobre Venâncio Aires, com a falta de previsão para o término dessa crise. Segundo Rosa, as pontes permanecem fechadas e estradas intransitáveis. Militares se juntaram à operação de resgate, enquanto a população aguarda por água potável, alimentos, material de higiene e limpeza, além de oxigênio e medicamentos.

“As marcas desse desastre já são históricas. o nível do rio Castelhano atingiu seu ponto mais alto registrado, mais de dois metros acima do atingido nas enchentes anteriores, e áreas antes habitadas agora estão submersas, sem qualquer acesso. A comunidade de Venâncio Aires enfrenta uma batalha pela sobrevivência, sem previsão de uma trégua imediata, enquanto os esforços de resgate e reconstrução continuam em meio a essa tragédia. Estamos em colapso total”.

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