“Planejamento estratégico nos ajudou a enxergar a cooperativa por outras perspectivas”

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“Planejamento estratégico nos ajudou a enxergar a cooperativa por outras perspectivas”

À frente da Certel, presidente Erineo Hennemann, e vice Daniel Sechi falam sobre evolução da distribuidora de energia, nos seus 68 anos de atuação no Vale

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“Planejamento estratégico nos ajudou a enxergar a cooperativa por outras perspectivas”
Presidente e vice da Certel compartilharam experiências sobre a cooperativa Foto: Deivid Tirp
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Fundada em 1956, a Certel é a maior e mais antiga cooperativa de eletrificação do país. Com mais de 70 mil usuários, ela se destaca pela produção de energia limpa e renovável, bem como pelo compromisso e responsabilidade com a comunidade. Para falar sobre a evolução da coo-perativa e seus diversos campos de atuação, o programa “O Meu Negócio” recebeu o presidente, Erineo Hennemann, e o vice-presidente, Daniel Sechi, na última segunda-feira, 22.

Atuante em 48 municípios, que correspondem a mais de 5 mil km de rede, a Certel se destaca pelo atendimento e serviços prestados na região. A exemplo, em 2023, foi reconhecida como a melhor distribuidora permissionária de energia elétrica, na categoria acima de 10 mil consumidores. A avaliação foi realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), mas o presidente revela que esse reco- nhecimento é reflexo de um trabalho de anos.

“Desde os anos 90, a Certel começou a trabalhar com planejamento estratégico. Isso nos ajudou muito porque passamos a enxergar a cooperativa não somente na questão financeira, mas em outras perspectivas, como clientes, pessoas, associados e meio ambiente. Essas partes foram trabalhadas em conjunto e deram resultados positivos para a empresa”, afirma Hennemann.

Um dos trabalhos mais efetivos para a consolidação da Certel foi o de aproximação com seus associados. Para isso, a cooperativa criou grupos de lideranças e fez um trabalho de mapeamento e gestão das áreas de atuação. Movimento que possibilitou suprir, com antecipação, às demandas dos associados e acarretou na maior satisfação dos usuários.

Hennemann explica que é com base nas leituras do uso de energia que a empresa observa o crescimento das regiões e prevê melhorias. “Nós nos antecipamos e, antes mesmo que o associado tenha problemas com a rede, colocamos mais transformadores e realizamos as melhorias para atender as demandas que a gente sabe que vão acontecer mais a frente”.

Esse movimento de antecipação só é possível graças aos investimentos em gestão e tecnologias para o sistema elétrico. A exemplo, Sechi destaca a implementação da linha viva de 69 mil volts, que permite a equipe trabalhar nos pontos de energia, sem a necessidade de desligar a rede. “Hoje a Certel tem linhas de transmissão estruturantes. Se um destas linhas falha ou precisa fazer melhorias, é necessário desligá-la, o que prejudicará muitos associados, Por isso, há quatro anos conseguimos implementar a linha viva e fazer manutenções preventivas, sem desligar o sistema”, explica o vice-presidente.

A cooperativa Certel, além de distribuidora de energia hoje atua na geração e comercialização de energia, bem como em outras frentes de negócio. São eles o varejo, com mais de 37 lojas físicas e uma digital, e a indústria Certel Artefatos de Cimento.

O bate-papo completo pode ser conferido nas plataformas digitais do Grupo A Hora. O programa “O Meu Negócio” é transmitido ao vivo nas segundas-feiras, na Rádio A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Motomecânica, Kappel Imóveis, Black Contabilidade, Marcauten, Grupo Zagonel, A Mobília Lajeado, Dale Carnegie, Sunday Village Care, 3F1B Móveis Estratégicos e STW Automações.

Entrevista

Erineo Hannemann – Presidente da Certel

Daniel Sechi – Vice presidente

“Não existe cooperativa sem associado”

Wink – O que considera essencial para liderar uma cooperativa?

Erineo – Nós temos que conhecer sobre administração e ter coragem para fazer com que, aquilo que se define em uma reunião e planejamento estratégico, seja realizado. E essa coragem às vezes passa por decisões que são antipáticas, como, por exemplo, demitir alguém. É ruim. Mas como gestor é preciso analisar bem. Eu prefiro trabalhar com pessoas que estejam motivadas. E a motivação vem por meio daquilo que você pode
fazer por elas.

Wink – Qual a base de sustentação do modelo cooperativista?

Erineo – Eu vejo que não existe cooperativa sem associado. Então, essa parte de governança tem que funcionar muito bem, tem que fazer com que o associado se sinta dono da cooperativa e se sinta feliz com o trabalho prestado. A partir daí, você pode buscar, além de parcerias com outras empresas e negócios, a possibilidade de desenvolver outras atividades. É o caso da Certel, que iniciou com distribuição de energia, e hoje tem geração e comercialização de energia, tem o varejo e indústria de artefatos de cimento. Todos esses serviços, além de gerar emprego, geram renda e condições para que a Cooperativa possa oferecer ao seu associado vantagens. No ano passado, a Certel deixou para a comunidade cerca de R$80 milhões. É um dinheiro que circula aqui, fica aqui e aumenta a riqueza.

Wink – O associado da Certel tem noção do que é o sistema cooperativista? Como é essa relação?

Erineo – Nós sentimos a necessidade de haver um envolvimento maior, um sentimento de pertencimento. E aí alteramos a governança. Antes, as assembleias eram realizadas uma vez só, em Teutônia. Dividimos a nossa área de atuação de 48 municípios, em seis microrregiões e escolhemos nelas lideranças, que são os delegados. Hoje temos 153 delegados e 153 suplentes. Essas pessoas têm uma responsabilidade muito grande:fazer com que aquilo que a gente define em reunião seja comunicado.

Daniel – Complementando, isso também dá mais transparência aos nossos resultados e números. A gente vai às assembleias, a Certel vai de encontro a comunidade. Nós escutamos e damos voz ao associado. Por isso, o associado como parte da cooperativa, é o soberano e toma decisões a partir dos resultados.

Wink – Com mais de 70 mil usuários, como é montar uma estrutura de distribuição?

Daniel – Hoje ela é nosso carro-chefe. Em primeiro lugar, é preciso ter pessoas capacitadas e que busquem sempre o melhor. Isso em todos os níveis. São pessoas que têm, cada vez mais, vontade naquilo que fazem. Literalmente, a gente ama o que faz na Certel. Desde sair para um atendimento emergencial, às 3h da manhã em dia de chuva, até em um dia normal para ir trabalhar na primeira hora. Essa organização toda, em distribuição elétrica, a primeira necessidade é atender o serviço público. Hoje nada mais funciona sem energia.Temos que ter um cuidado muito grande.

Dentro da Certel, a organização começa na governança, mas a operação do dia a dia tem que fluir e andar. Vamos imaginar um pedido de ligação de energia. Ele não pode demorar 10 a 15 dias para ser ligado. Tudo começa ali, no mais simples, vamos dizer assim. Nós, como meta Certel, temos que ligar no mesmo dia. Se o associado pede luz às 9h, até o meio-dia, ou no máximo 18h, tem que estar ligado.

Dale Carnegie: O homem que influenciou pessoas – Steven Watts

Nesta biografia, Steven Watts conta a história de Dale Carnegie, autor do best seller “Como fazer amigos e influenciar pessoas”. O livro revela como um simples vendedor deu a volta por cima e passou a ser uma das pessoas mais influentes do mundo, ensinando pessoas a aumentar sua renda, falar com eficiência e preparar-se para a liderança

 

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