Doenças de inverno exigem atenção redobrada com as crianças

NOSSOS FILHOS

Doenças de inverno exigem atenção redobrada com as crianças

Especialistas revelam atitudes necessárias, dentro e fora do ambiente escolar, para evitar a proliferação de vírus e bactérias

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Doenças de inverno exigem atenção redobrada com as crianças
Programa “Nossos Filhos” conversou com o médico otorrinolaringologista, Eduardo Atkinson, que trouxe dicas para evitar as doenças da estação (Foto: divulgação)

A chegada das estações mais frias e as mudanças bruscas de temperatura incidem no aumento dos casos de gripes e resfriados, principalmente nas crianças. Um dos ambientes mais propensos a transmissão das doenças virais é a escola, visto que nela é comum haver grande concentração de alunos em uma mesma sala de aula, muitas vezes, pouco arejada. Para falar sobre os cuidados à saúde dos pequenos, o programa “Nossos Filhos” conversou com o médico otorrinolaringologista, Eduardo Atkinson, que trouxe dicas para evitar as doenças da estação.

Segundo Atkinson, 80% dos casos de infecção das vias aéreas superiores (Ivas) são causados pelos vírus, que podem ser encontrados em qualquer ambiente. Quando entram no organismo, eles se manifestam por meio dos resfriados e gripes, e podem evoluir para casos mais acentuados como bronquites, sinusites e otites. “A gripe é aquele resfriado que é mais grave, que dá febrão alto e deixa a criança prostrada. É diferente do resfriado, sem febre, com obstrução nasal e coriza”, explica.

Embora muitos pais acreditem que somente os antibióticos são capazes de conter a evolução dos quadros virais, o médico explica que nem todos os casos necessitam o uso deste medicamento. Da mesma forma, nem sempre é necessário correr para o pronto atendimento no primeiro sinal de febre.

Médico otorrinolaringologista, Eduardo Atkinson (Foto: Eloisa Silva)

“As pessoas não têm mais tolerância a nenhum sintoma do filho, não sabem avaliar a gravidade. Mas muitas vezes dá para esperar, dar um antitérmico em casa, esperar um ou dois dias e, se evoluir e a febre ficar alta, procurar o pronto atendimento”, ressalta.

O médico pediatra e apresentador do programa, João Paulo Weiand, reforça esse cuidado e lembra que a febre é uma defesa natural do organismo, pois demonstra que ele está combatendo o vírus. “É normal que a criança, nas primeiras 24 horas, tenha uma febre mais alta e persistente”.

Cuidados com ambientes fechados

Nos dias frios é comum que as pessoas fechem as janelas para manter os ambientes aquecidos. Mas isto, segundo os médicos, é um convite para propagar os vírus e aumentar a contaminação, seja em crianças ou adultos. Em locais onde há maior aglomeração, como as salas de aula, o contágio fica ainda mais evidente.

Para impedir a proliferação, é importante que as escolas e creches mantenham os espaços ventilados e os pais evitem levar as crianças febris à escola. “Às vezes os pais não têm a compreensão, mas os pequenos com febre não podem ir. Primeiro, porque é uma criança com quadro agudo, depois, porque ela acaba sendo o principal transmissor”, explica o pediatra.

Atkinson reforça que o mesmo cuidado com a circulação de ar vale para dentro de casa, afinal, a higiene do ambiente é fundamental para o bem-estar da criança. “O quarto precisa ser limpo, ventilado, e não se pode encher de bichos de pelúcia, pois eles acumulam nosso maior inimigo: o ácaro. Quanto mais poeira, mais ácaro”, explica.

Além disso, para melhorar a imunidade das crianças, o otorrinolaringologista afirma que elas precisam estar bem alimentadas, ter boas noites de sono, receber carinho e ter uma rotina com limites. “E não podemos esquecer da importância do aleitamento materno e de manter o calendário vacinal em dia. Não há milagre para a imunidade”.

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