Análise aponta diminuição de infestação pelo mosquito da dengue

Vida e ambiente

Análise aponta diminuição de infestação pelo mosquito da dengue

Método conhecido como “Armadilha de Ovitrampas” foi instalado nos bairros no mês de março. Presença do mosquito transmissor da doença reduziu cerca de 45% em relação ao mês de janeiro

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Análise aponta diminuição de infestação pelo mosquito da dengue
Melhora no índice de infestação deve resultar na diminuição de casos de dengue. (Arquivo)
Estrela
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Diante do número expressivo de casos de dengue no município, a Secretaria de Saúde instalou as “Armadilhas de Ovitrampas” nos bairros da área urbana para avaliar o nível de infestação pelo mosquito transmissor da doença. Em comparação ao início do ano, a presença do inseto diminuiu quase pela metade.

De acordo com as análises, a infestação pelo Aedes aegypti ficou em 52%. Em janeiro, foi registrado índice de 95% por meio do mesmo método. Ainda que a diminuição chegue a 45%, o resultado ainda é considerado alto pelo setor de Vigilância Epidemiológica. Foram coletados 1,7 mil ovos, cerca de 1,3 mil a menos em relação ao início do ano.

“Ainda não percebemos a diminuição da confirmação de casos, mas a redução de mosquitos deve resultar nisso. Os insetos que colocam os ovos continuam contaminados e circulando até completar o ciclo de vida, que pode durar até 45 dias. O surto de dengue que temos é resultado da alta infestação registrada em janeiro”, explica a coordenadora do setor de Vigilância Epidemiológica, Carmen Hentschke.

A partir dos resultados, os agentes de endemia intensificam os trabalhos nas áreas mapeadas, principalmente nas com maior incidência de focos. A coordenadora alerta para a necessidade de manter os cuidados contra o mosquito. “O mosquito continua circulando no período de inverno e os ovos das fêmeas podem eclodir dentro do período de um ano.

Funcionamento

Foram 94 ovitrampas instaladas e distribuídas pelos bairros Boa União, Pinheiros, Indústrias, Moinhos, Estados, Oriental, Centro, Imigrantes, Alto da Bronze e Cristo Rei. O método é um modelo de armadilhas colocadas em pontos estratégicos que buscam captar ovos do Aedes aegypti e faz parte do projeto das Ovitrampas do Estado. As armadilhas consistem em vasos de planta sem furo e palhetas de madeira.

Nestas são colocadas água com levedo de cerveja para atrair a fêmea do mosquito a depositar os ovos no local. Essas armadilhas ficam por cinco dias no local – geralmente em residências, com autorização dos moradores – e depois são recolhidas – mas sem riscos pois são tiradas antes de se tornarem criadouros do mosquito.

Com mais de 1,1 mil casos de dengue confirmados no Vale do Taquari, Estrela concentra mais de 600 registros da doença e segue como município com maior índice de infestação e confirmação do vírus na região. Somente nesta semana foram 65 casos confirmados. Ao longo de abril, mais de 260 pessoas foram contaminadas pelo vírus.

O número de casos já ultrapassou a metade do que foi registrado em 2023, com 920 confirmações. A previsão da vigilância é que neste ano ultrapasse mil casos confirmados. “Tivemos o maior índice de infestação em janeiro, com o LIRAa em 16”, destaca Carmen que adverte para a importância de usar repelentes e se proteger contra o inseto.

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