Centenário da Fruki inspira empresários

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Centenário da Fruki inspira empresários

Salão de evento da entidade teve lotação máxima em reunião-almoço com palestra da alta cúpula da fabricante de bebidas

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Centenário da Fruki inspira empresários
Reunião-almoço da Acil contou com diretores da Fruki Bebidas. (Foto: Thiago Maurique)
Lajeado

A trajetória centenária de Fruki Bebidas foi tema da reunião-almoço de ontem da Acil. O evento reuniu cerca de 120 pessoas no salão social da entidade para ouvir a história da empresa, contada pelo presidente do conselho consultivo, Nelson Eggers, a CEO, Aline Eggers Bagatini, e o diretor Administrativo e de Marketing, Júlio Eggers.

Presidente da Acil, Joni Zagonel enalteceu a grande adesão do público, que motivou a ampliação dos espaços para além da capacidade prevista. “Isso demonstra o grande prestigio da Fruki, uma empresa que é exemplo não só pela longevidade, mas pela atuação e envolvimento com a comunidade.”

Nelson Eggers iniciou a apresentação falando sobre as origens da empresa. Fundada em 1924 pelo seu avô, Emílio Kirst, a empresa nasceu como uma cervejaria, no bairro Bela Vista, em Arroio do Meio. Ainda criança, Eggers convivia com o dia a dia da fábrica, na época uma operação modesta e pouco organizada.

Em meados dos anos 1950, ele começou a trabalhar efetivamente na empresa e atuar para melhorar a produção. Na década seguinte, a Fruki comprou o terreno de 25 mil metros quadrados nas margens de uma BR-386 ainda embrionária — onde hoje fica a atual fábrica de Lajeado. A planta foi inaugurada em 1971, mesma época em que foi lançada a linha de refrigerantes e a própria marca Fruki.

Em meados dos anos 1980, Nelson Eggers conheceu João Bosco Lodi e começou a estabelecer processo de governança e sucessão. Na mesma época, também buscou apoio do Fundopem para ampliar as atividades da Fruki e iniciou ações de sustentabilidade ambiental. “Fomos pioneiros em cuidar do meio ambiente. As grandes marcas de bebidas não tinham tratamento de efluentes quando instalamos a nossa estação.”

As décadas de 90 e 2000 foram de grande crescimento para a Fruki, que se consolidou como o refrigerante dos gaúchos. O início do século também marcou a estreia da produção da Água da Pedra, hoje a água mineral mais vendida do Estado e também a marca lembrada do segmento no RS.

Em meio a forte crescimento, inauguração de centros de distribuição, ingresso em Santa Catarina e expansão das linhas de produtos, em 2019 a Fruki Bebidas completou o processo sucessório que alçou Aline Eggers Bagatini ao cargo de CEO. Nelson Eggers continua atuando na empresa, hoje como presidente do conselho

consultivo.
No ano do seu centenário, a Fruki promoveu a inauguração da nova fábrica, em Paverama. Dotada de alta tecnologia e sustentabilidade, a planta industrial pavimenta o caminho para os próximos cem anos da empresa.

Sucessão e cultura empresarial

Aline abordou o processo que resultou na sucessão familiar da Fruki. Segundo ela, o processo começou a ser desenhada duas décadas antes. “A conscientização para a importância da sucessão foi iniciado nos anos 1980. É uma conversa que precisa estar na família empresária o tempo todo.”

De acordo com Aline, o processo de sucessão teve início ao mesmo tempo em que a Fruki começou a trabalhar a excelência da gestão por meio do Programa Gaúcho de Gestão de Qualidade e Produtividade.

Conforme Aline, hoje a Fruki tem os melhores executivos e a confiança da empresa para fazer o necessário para dar seguimento à caminhada de sucesso. Parte desse sucesso também se deve à cultura da empresa, focada em cuidar das pessoas que trabalham para a empresa. “Não é a toa que estamos a dez anos entre as melhores empresas para se trabalhar.”

Momento histórico

Próximo na linha sucessória da empresa, Júlio Eggers destaca os avanços que a Fruki vivencia em seu centenário. Segundo ele, a empresa vive hoje a época de maior sucesso, tanto do ponto de vista de gestão, quanto produto, resultado financeiro e perspectivas de futuro. “Nunca fomos tão audaciosos e não enxergamos onde podemos chegar.”

Para garantir a continuidade desde processo, ressalta a necessidade de inovar e mudar o que for necessário. “Precismos manter uma visão de longo prazo e trabalhar na construção dos próximos cem anos.”

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