Mais de 7 mil alunos recebem educação socioemocional

Comportamento

Mais de 7 mil alunos recebem educação socioemocional

Por meio do programa Seja, do Pacto Lajeado pela Paz, estudantes possuem um espaço, em sala de aula, para compartilhar histórias e aprender a lidar com desafios

Por

Mais de 7 mil alunos recebem educação socioemocional
Na metodologia, estão círculos de construção de paz, entre outras atividades de compartilhamento. (Foto: Divulgação)
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Desenvolver habilidades socioemocionais, capazes de prevenir os mais diferentes comportamentos de risco e melhorar a qualidade de vida dos alunos, familiares e da comunidade são alguns dos objetivos do programa Seja. Criado em 2021, o projeto faz parte do Pacto Lajeado pela Paz e impacta mais de 9 mil estudantes ao longo dos anos.

A iniciativa completa três anos de trabalho nas escolas municipais, estaduais e privadas de Lajeado, com atividades a estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. O foco é na prevenção à violência, baseada em evidências. O programa consiste em 20 aulas por ano, ministradas uma vez por semana, com duração de um período do currículo escolar.

Coordenadora dos programas de educação socioemocional do Pacto, Priscilla Hasstenteufel destaca que o Seja possui quatro pilares. Um deles é a própria educação socioemocional, que busca desenvolver competências, habilidades, consciência nas relações, consciência social, autorregulação e autogerenciamento.

De acordo com ela, por meio do autoconhecimento é possível aprimorar as relações dentro do ambiente escolar. “Os alunos nos trazem o quanto se sentem acolhidos, o quanto é bom ouvir que o colega do lado às vezes tem as mesmas angústias, é um espaço com respeito e acolhimento”.

Experiência em aula

Professora de Ensino Religioso da Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Oscar Karnal (Fok), Jéssica Deves Oliveira, 36, é aplicadora do programa Seja na instituição.

Com um período dedicado à educação socioemocional por semana, as aulas se tornam uma oportunidade de crianças e jovens expressarem medos, angústias ou problemas. Além de uma possibilidade de identificar situações de riscos que necessitam de outras áreas de atuação, como a psicologia, por exemplo.

“O programa busca encontrar o que está gerando um certo comportamento. Eles vão externalizando isso e contando sua história”, ressalta Jéssica.

Ela ainda afirma que são trabalhados nos encontros, a preparação dos alunos para empreenderem. A temática é abordada de forma lúdica, com a simulação de vendinhas ou venda de miçangas, a fim de mostrar possibilidades para o futuro.

“A escola se transformou desde que iniciou o Pacto. Diminuíram as brigas e as situações de violência, porque eles percebem outros meios de resolver conflitos”. Segundo a profissional, o relacionamento dos estudantes com os professores também melhorou.

Impactos positivos

Diretor do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat), Rodrigo Ulrich diz que a adesão da escola ao Seja é baseada tem três pilares: comprometimento com uma ação coletiva da sociedade; reconhecimento das diretrizes da proposta com o Programa de Educação Socioemocional do próprio Ceat; e as demandas que existem relativas ao desenvolvimento das competências e da inteligência emocional.

“Na proposta do Seja, encontramos espaço para a construção colaborativa, conjunta, a qual, se mostra assertiva, pois conversa com a realidade para a qual está sendo pensada”, destaca o diretor.

Segundo ele, os resultados do programa são percebidos no dia a dia das crianças e jovens. “Eles desenvolvem atitudes, práticas que facilitam o autoconhecimento, a empatia, a escuta, a expressão de sentimento e o convívio entre os estudantes e entre os integrantes da comunidade escolar”.

Acompanhe
nossas
redes sociais