Com 70 anos de atuação, a Associação de Assistência à Infância e à Adolescência (Saidan) promove acolhimento de crianças e adolescentes entre 0 e 18 anos, que tiveram sua integridade física ou emocional ameaçada e seus direitos desatendidos ou violados. O trabalho da entidade, sediada no bairro Santo Antônio, foi apresentado durante “Nossos Filhos”, programa multiplataforma do Grupo A Hora.
A assistente social Eroni de Melo Mess, explica que o processo se inicia através do Conselho Tutelar, que recebe a denúncia e verifica o fundamento. Caso o juizado da Infância e da Juventude acolha essa queixa, a vítima é encaminhada para a casa de acolhimento. Ela compara o acolhimento a uma UTI hospitalar. “Quando não há mais o que fazer, esgotaram-se todas as possibilidades de acordo com a família, a criança é encaminhada para lá”, pontua.
A coordenadora do serviço de acolhimento da Saidan, Rosana Christ Zagonel, cita que a intenção não é que a criança fique na casa até atingir a maioridade, mas sim que ela consiga voltar para o convívio familiar.
“Em conjunto com a rede de apoio, é trabalhado com a família nuclear (pai e mãe) e com a família extensa (parentes sanguíneos), para que as crianças possam voltar ao lar”, afirma. Entretanto, em alguns casos, quando não há mais a família nuclear e a extensiva não tem interesse em manter a convivência, acontece o encaminhamento para a adoção.

Associação atende crianças e adolescentes de 0 a 18 anos
Com a configuração da casa de acolhimento semelhante à de uma família biológica, há regras e normas para o pleno funcionamento que respeitam a necessidade única de cada criança. Rosana reforça, que na casa junto aos serviços de apoio e as mães sociais, é feito um trabalho para que elas saiam bem e com capacidade de readequação a nova realidade, principalmente quando é observado pela gestão que o adolescente está próximo a alcançar a maioridade e é necessário sair da casa.
Atividades com as crianças
Sobre atividades recreativas realizadas com as crianças, elas dizem que elas gostam muito e que pessoas com boas intenções são sempre bem-vindas. Eroni menciona que estas também precisam de doação de amor e carinho e complementa que, ao trabalhar na instituição, sua visão mudou. “Eu trabalhei no Conselho Tutelar e via as casas de acolhimento de uma maneira. No momento em que entrei lá dentro para trabalhar, mudei minha perspectiva”
O apresentador João Paulo Weiand recorda que, quando teve contato com os acolhidos, foi uma experiência fascinante “Trabalhar lá e sentir o calor deles, o abraço, o carinho, foi uma experiência maravilhosa. Eles te dão afeto, mesmo que precisem receber afeto”. Rosana acrescenta: “Apesar da experiência de vida, eles possuem um jeito muito amoroso.”
Doações
A assistente social e a coordenadora comentam que, mesmo que a Saidan receba apoio financeiro do governo municipal e federal para manter o funcionamento da casa, doações são sempre bem recebidas.
Entretanto, em razão de receberem o mesmo item repetidas vezes, Eroni pede que, antes de doarem liguem para a instituição e perguntem o que é necessário e relembra. “Uma vez recebemos tanto do mesmo produto que entramos em contato com outras casas para realizarmos trocas”. Complementa dizendo que, além de alimentos, doações de itens de higiene e materiais escolares também são importantes.
Há a possibilidade de se associar a Saidan, contribuindo para o pagamento de despesas da entidade por meio de mensalidade e auxiliando nas decisões gerais da instituição. Quem tiver interesse em se associar ou contribuir com doações, pode entrar em contato através das redes sociais da instituição, pelo telefone (51) 3714-1119 ou e-mails saidan.secretaria@outlook.com e saidan.financeiro@outlook.com, para a retirada de dúvidas.