Sinais positivos na economia contrastam com decretos no RS

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Sinais positivos na economia contrastam com decretos no RS

Painel debateu as perspectivas econômicas durante o II Congresso de Negócios da CDL Taquari/Tabai

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Sinais positivos na economia contrastam com decretos no RS
CEO da Fruki, Aline Eggers Bagatini, apresentou a história de cem anos da fabricante de bebidas, com foco nos processos de sucessão e governança. (Foto: Thiago Maurique)
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A Câmara de Dirigentes Lojistas de Taquari/Tabaí promove na quinta-feira, 21, o II Congresso de Negócios. O evento reuniu mais de 300 empresários de diferentes regiões do RS em um dia inteiro de imersão que inclui palestras com especialistas renomados, networking e um painel sobre as perspectivas econômicas do Brasil e do RS.

A programação iniciou às 8h no Retatec Tênis Clube e teve abertura com a jornalista Duda Streb. A primeira palestra, de Saulo Chielle, abordou a importância da sustentabilidade como estratégia de gestão corporativa. No meio da manhã, os economistas Oscar Frank Junior, da CDL Porto Alegre, e André Nunes de Nunes, do Sicredi, dividiram o palco com o presidente da Federação AGV, Vilson Noer, em Painel de Negócios mediado pelo presidente da CIC-VT, Ivandro Rosa.

A manhã foi encerrada com uma palestra sobre o capitalismo consciente, com Thomas Eckschmidt. Fundador do movimento que pretende humanizar as relações entre o dinheiro, as empresas e a sociedade, Eckschmidt falou sobre pessoas, performance e propósito.

Após um período para almoço e networking entre os participantes, a programação da tarde iniciou com palestra de Fabiano Zortea, que abordou as tendências de varejo apresentadas na NRF 2024 – maior feira mundial do setor. Em seguida, a CEO da Fruki, Aline Eggers Bagatini, apresentou a história de cem anos da fabricante de bebidas, com foco nos processos de sucessão e governança. O evento foi encerrado com palestra sobre Transformação Digital, com Nina Silva.

“Vivemos um ciclo de retomada”

Os economista integrantes do Painel de Negócios foram unânimes em definir como positivo o cenário econômico nacional, mas fizeram ressalvas quanto às consequências desse quadro no RS devido aos decretos que retiram incentivos fiscais. Economista chefe do Sicredi, André Nunes de Nunes afirma que crescimento de 2,9% do PIB de 2023 surpreendeu, mesmo que a alta tenha sido mais significativa em setores pontuais.

Para 2024 e 2025, Nunes projeta um crescimento menor, mas mais homogêneo. “A taxa de desemprego está baixa, começamos a ver melhora no endividamento das famílias e redução na inadimplência. O horizonte é de um ciclo de retomada até melhor do que o ano passado.”

Economista chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank Junior afirma que esse cenário favorece o comércio, em especial nos setores que são mais sensíveis a renda, enquanto o ciclo de queda nos juros fortalecem os segmentos sensíveis ao crédito. Porém, no cenário doméstico do RS, existe a perspectiva de aumento no custo de vida com o fim dos incentivos fiscais, o que impacta negativamente o comércio e os serviços.

Segundo ele, se não houver reversão das medidas, haverá encarecimento de diversos alimentos, com custo da alimentação subindo cerca de R$ 600 por ano, o que impacta especialmente o varejo de itens não essenciais. “Do lado das empresa, o fim dos incentivos fiscais reduz a viabilidade financeira pode fazer com que alguns negócios fechem as portas ou transfiram unidades para outros estados. Afeta toda a geração de emprego e renda aqui no RS.”

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