Usei esse título para alertar a região sobre uma chaga social que se avizinhava. Foi no dia 27 de abril do ano passado. Quase um ano depois, a história se repete. De novo com a Eurovias.
São mais de 100 operários que ainda não receberam os salários de fevereiro. Nem mesmo a rescisão do contrato. Faz um mês que as obras de duplicação da BR-386 pararam. Em 5 e 6 de março, os trabalhadores foram chamados pelos gestores. A promessa de pagar o salário e a saída em, no máximo, dez dias.
Receberam aqueles que foram levados para obras de outros contratos. Quem foi para o trecho da Sacyr, concessionária que mantém contrato com a Eurovias.
Nesta semana, um grupo de sete trabalhadores me procurou. Tentei orientar, quais caminhos. Sugeri procurar um advogado. Mas quem tem fome tem pressa. Me mostraram fotos de como estão as geladeiras, da luz cortada e da ordem de despejo.
Por isso, repito a pergunta: quem fala pelos trabalhadores? Fomos no Ministério do Trabalho, conversamos com servidores. E a surpresa: não há fiscais em Lajeado para acompanhar a situação desses operários. É preciso abrir uma chamada em Porto Alegre, para alguém vir de lá.
O sindicato da classe informou os trabalhadores sobre um acordo, de que o pagamento seria feito. Mas também é pouco. Muitos destes homens vieram de longe. Gostariam de retornar para o seu estado. Qual a memória que eles vão levar do Rio Grande do Sul? E do Vale do Taquari?
Cidadão de Teutônia
Ivandro Rosa, às vésperas de deixar a presidência da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), será homenageado pela câmara. Recebe o título de Cidadão Teutoniense.
Reconhecimento merecido. Esteve quatro anos à frente da principal entidade empresarial do Vale, justo nos momentos mais conturbados. Duas secas consecutivas, pandemia, interrupção da ponte sobre o Rio Taquari, pacote de concessões das rodovias estaduais e, para encerrar, a inundação de setembro passado.
A sessão solene ocorre na próxima terça-feira, a partir das 18h30min.
Quem quer o Codevat?
O presidente Luciano Moresco deixa o Conselho de Desenvolvimento da região (Codevat). Se lançou pré-candidato ao governo de Encantado, pelo PT. Algo que já estava se desenhando desde janeiro.
Pela lógica, ficaria com o vice, o empresário Ito Lanius. Porém, pelos compromissos e distanciamento dos assuntos pertinentes ao conselho, dificilmente vai aceitar a função. Cabe lembrar, é tudo voluntário. Ninguém recebe nada pela atuação.
O conselho é fundamental para a representação regional. Atua em assuntos pertinentes, seja no campo da gestão pública, ou da organização local. Ao que tudo indica, será chamada uma nova assembleia, para encontrar alguém com conhecimento e disponibilidade.
Para muitos, o nome deveria ser de Cintia Agostini. Economista, doutora em Desenvolvimento Regional. Hoje ocupa uma função estratégica na Univates. Já foi presidente por sete anos. Agora não é informação, é “achismo”. Difícil aceitar.
