Música, fantasia e educação se misturaram pelas ruas de Lajeado na noite desta quinta-feira, 20, durante o desfile da Gincana do Ceat. A atividade marca a abertura da 42ª edição do evento, organizado pelo Grêmio Estudantil Alberto Torres, que se estende até o sábado, 23, com tarefas no pátio da escola.
A gincana faz parte do projeto pedagógico do colégio, com participação dos alunos da 6ª a 9ª série do Ensino Fundamental e da 1ª a 3ª série do Ensino Médio. São cinco equipes que competem pelo título: Shogum, Lumos, Wonka, Jungle e Falcon. O resultado será divulgado no sábado.
Entre os objetivos da gincana, está promover a integração e o respeito entre os alunos, incentivar o espírito de cooperação e o trabalho em equipe, além de resolver desafios e oportunizar o exercício de liderança.
Ainda, o colégio entende a gincana como uma iniciativa para desenvolver a ética e a moral, bem como envolver toda a comunidade por meio de atividades artísticas, culturais, esportivas e recreativas.
As tarefas durante os dias de evento envolvem a arrecadação de alimentos, que serão destinados ao Programa Mesa Brasil do Sesc. As entidades beneficiadas serão Saidan, Slan, Abrigo São Chico e Lar Tabita. Além desses, ainda receberão doações a Liga Feminina de Combate ao Câncer e a Associação Pella Bethânia, de Taquari.
Espaço de aprendizagem
Presidente da Comissão Organizadora (CO) deste ano, Caio Cesar Ruschel de Melo, 17, destaca que foram planejadas tarefas que estimulam o senso criativo e despertam o espírito “gincaneiro” nos estudantes. Para o desfile, o tema escolhido foi o turismo, com o objetivo de valorizar o segmento.
O aluno do 3º ano do Ensino Médio diz que a vontade de participar da CO veio da infância e acredita que a experiência traga benefícios para o seu desenvolvimento. “Precisamos exercitar diversas habilidades socioemocionais, como a empatia, o senso crítico e o trabalho em equipe. Para nós, da CO, a gincana é um momento de materialização de todo o nosso trabalho ao longo do ano”.
Ferramenta de desenvolvimento
Para o diretor do Ceat, Rodrigo Ulrich, a gincana tem resultados importantes no desenvolvimento dos estudantes e na convivência em sociedade. Ele destaca que muitos ex-alunos continuam participando das atividades mesmo depois de formados.
“Os egressos reconhecem na gincana um grande aprendizado de vida e reiteram sentimentos muito especiais. E tudo isto se dá a partir de vínculos que se constroem com esta experiência”.
Ulrich reforça que os objetivos da gincana seguem atuais na sociedade, como a produção da integração, respeito e liderança. “São compromissos inerentes à instituição de ensino e que. Na gincana, há oportunidades distintas a uma sala de aula convencional”.
Ex-alunos de volta ao colégio
Entre os ex-alunos que continuam participando da gincana, está Otávio Diefenbach, 26. Formado no Ensino Médio do Ceat em 2013, ele sempre gostou da gincana, e fez parte da Comissão Organizadora de 2011 a 2015, mesmo depois de sair do colégio.
Pelo envolvimento na organização das tarefas durante o Ensino Médio, em 2016, quando saiu da CO, surgiu a vontade de ajudar as equipes. Ele se juntou a outros ex-alunos que tinham essa mesma vontade e, desde então, formaram um grupo de amigos que se reúne todos os anos para participar.
“A gincana do Ceat é muito marcante, porque a gente aprendeu valores e questões como liderança, proatividade, comprometimento, esse trabalho em grupo, gestão de pessoas, e a gente acaba participando justamente para ajudar o pessoal da escola a desenvolver esse lado neles”. Agora, Diefenbach ajuda a equipe do irmão mais novo, que estuda no 9º ano do Ceat.
Tradição
Ex-professor do CEAT, Ladair Rahmeier foi o responsável por criar a primeira gincana da instituição, em 1982. O evento foi pequeno, mas significativo: visava a integração escolar de estudantes, pais e professores. A atividade aconteceu na quadra de basquete do antigo prédio da escola, com tarefas como o desfile, dança, mímica e um casamento na roça.