Estudo do Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela que 21% das internações hospitalares no estado poderiam ser evitadas. Ao analisar os dados da rede, o TCE constatou que, das 770 mil internações registradas, cerca 130 mil poderiam ter sido evitadas.
Em entrevista ao programa Frente e Verso desta quarta-feira, 20, a auditora de controle externo, Isana Oliveira da Silva explicou que esse número poderia ser reduzido com acompanhamento mais eficaz na atenção primária à saúde, realizado por meio das unidades básicas, equipes de saúde da família e núcleos de apoio à família.
“Saúde não se trata apenas do tratamento da doença, mas também da sua prevenção”, ressaltou Isana durante a entrevista. Ela enfatizou a importância da prevenção para evitar o agravamento das enfermidades, destacando que a má gestão hospitalar é um fator significativo nesse contexto.
Contrariando a crença de que a escassez de leitos é o principal problema, Isana argumentou que o estado não sofre com a falta de leitos, mas sim com uma gestão ineficiente dos hospitais. Citando estudos de 2018, ela revelou que apenas 28% dos hospitais públicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) possuem uma gestão eficiente.
“A otimização do uso dos leitos é fundamental. Não há necessidade imediata de criar leitos se houver uma gestão mais eficiente”, concluiu Isana, destacando a importância de priorizar a eficácia na administração dos recursos existentes na área da saúde.
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