Os anúncios do governo federal durante a passagem da comitiva de Brasília na sexta-feira passada, 15, mostram que ainda há muito para se fazer no que se refere a reconstrução de infraestrutura e de residências.
Pela listagem de 13 municípios contemplados com verbas extraordinárias do pós-enchentes de 2023, estão nove do Vale do Taquari e uma do Vale do Rio Pardo (Venâncio Aires). Com base nas informações dos municípios, o total de casas destruídas ou condenadas pela Defesa Civil passa das 2,7 mil.
Por outro lado, o total garantido pelo governo federal, por meio do Minha Casa Minha Vida Calamidade (com dinheiro investido a fundo perdido) fica em cerca de 1,2 mil. “Acredito que essa é a primeira leva. Na medida que tivermos mais aprovações, esse número aumenta”, diz o prefeito de Roca Sales, Amilton Fontana.
A cidade, uma das mais atingidas pela inundação de setembro passado, tem pelo menos 330 moradias destruídas ou condenadas. Além do governo federal, a administração também se inscreveu no programa do Estado, chamado de “A Casa é Sua”.
Até agora, são 80 unidades confirmadas. “Estamos no aguardo de mais anúncios. Temos projetos protocolados e com análise inicial positiva.”
Na mesma microrregião, Muçum terá 100% da demanda por habitação cumprida devido a parceria entre governo do Estado e federal. São cerca de 260 unidades. Na vinda do presidente Lula na sexta-feira passada, foram confirmadas 235 casas. Com mais 40 do Estado, será possível garantir o atendimento de todos que tiveram casas destruídas e também retirar algumas famílias das áreas de risco.
O relatório da Ufrgs aponta que, pelo menos, dez mil residências foram atingidas pela água. Das que não foram levadas pela força da água, houve imóveis com danos irreversíveis.