Empresa de Lajeado e municípios são suspeitos de fraude em licitações

Operação policial

Empresa de Lajeado e municípios são suspeitos de fraude em licitações

Ação conjunta entre Polícia Civil e Polícia Federal cumpre mandados na Smart Tecnologia em Comunicações e em prefeituras gaúchas e de Santa Catarina

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Atualizado quinta-feira,
14 de Março de 2024 às 10:22

Estado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Em operação na manhã desta quinta-feira, 14, Polícia Civil e Polícia Federal cumpriram mandados de prisão, busca e apreensão em Lajeado, Estrela, Guaporé, Cachoeirinha, Alvorada, Canoas, Guaporé, Nova Prata, Cruzeiro do Sul, Xangri-lá, Maravilha e Chapecó (ambas de SC).

Os detalhes sobre o conteúdo das investigações não foram divulgados pelas autoridades, porém, as suspeitas recaem sobre possíveis direcionamentos de contratações e acordos ilícitos entre empresários e funcionários públicos.

As diligências concentram-se nas sedes da Smart Tecnologia, localizadas em Lajeado, além das prefeituras de Alvorada e Cachoeirinha. Também estão sendo alvo de buscas e apreensões outras empresas supostamente envolvidas na terceirização de serviços, bem como as residências dos investigados.

Em Alvorada, dois agentes públicos foram presos durante a ação. Ambos foram afastados de suas funções por determinação judicial. Pelo contrato no município, foi estabelecida a  implementação de rede de fibra óptica e de sistema de monitoramento. O contrato iniciou com o valor de R$ 23 milhões. Depois teve aditamentos e chegou a R$ 396,5 milhões.

Operação da PF

A operação deflagrada pela Polícia Federal, apura-se a aquisição de 321 lousas interativas para escolas do município, com valor aproximado de R$ 10 milhões, realizadas pela prefeitura de Cachoeirinha no segundo semestre de 2022.

A investigação teve início em novembro de 2023, a partir de notícias publicadas pela imprensa e apontamentos em relatórios de auditoria do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE/RS). As informações indicam que a empresa investigada foi contratada por diversas prefeituras do estado por meio de adesões a atas de Registro de Preço.

A investigação identificou alvos comuns com a Operação Conexão, da Polícia Civil, resultando na execução coordenada de parte dos mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira, de acordo com a esfera de atuação de cada instituição.

O nome da operação faz referência a adesões a Atas de Registros Públicos, que é conhecido como “efeito carona”. Rêmora é o peixe que se acopla em outros animais marinhos, geralmente tubarões, alimentando-se de seus restos de alimentos e pegando carona no animal que se acoplou.

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