Lula altera agenda e chega na tarde de sexta-feira

PRESIDENTE NO VALE

Lula altera agenda e chega na tarde de sexta-feira

Expectativa é de um novo programa voltado para facilitar acesso de empresas a financiamentos

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Atualizado quarta-feira,
13 de Março de 2024 às 07:43

Lula altera agenda e chega na tarde de sexta-feira
Promessa de R$ 1 bilhão em crédito para empresas atingidas pela enchente ocorreu pelas redes sociais do governo no dia 12 de setembro. Uma semana após a catástrofe. (Foto: REPRODUÇÃO)

O presidente Lula chega a Lajeado por volta das 15h desta sexta-feira. A agenda começa as 11h no Sesi, em Porto Alegre. No período da tarde, o presidente chega de helicóptero na Univates por volta das 15h. Se reúne com autoridades locais. A expectativa é que faça anúncios para o Vale do Taquari.

Com um forte aparato de segurança, o presidente Lula confirma presença na região após a catástrofe de setembro passado. Em termos de socorro, foram mais de R$ 700 milhões em recursos para os municípios e liberações para famílias atingidas.

Deste total, estão verbas para as Defesas Civis, compras de alimentos, reconstrução de escolas, postos de saúde e prédios públicos. Também de amparo para hospitais e aparelhamento das assistências sociais.

Reunião da comitiva com líderes está prevista para 15h, no Teatro Univates

Apoio às empresas

A principal crítica está no que foi prometido às empresas. Dias após a tragédia, o presidente, ao lado do vice, Geraldo Alckmin, prometeu R$ 1 bilhão em créditos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O anúncio ocorreu por um vídeo institucional divulgado nas redes sociais do governo logo após a vinda de Alckmin ao Vale do Taquari. No entanto, o modelo de financiamento com juros subsidiados e carência de dois anos foi restrito para empresas do Simples Nacional, pelo Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe) e também para produtores rurais.

Os recursos para este público não atingiram o montante prometido. Foram cerca de R$ 700 milhões, dissolvidos para negócios em mais de 90 municípios gaúchos com situação de calamidade homologada.

A listagem dos beneficiados, com contratos feitos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, nunca foi divulgada. Apenas os números gerais de créditos acessados nas instituições.

Essa situação levanta dúvidas entre autoridades locais, pois há suspeita de que negócios em municípios que não tiveram prejuízos devido à enchente de setembro receberam créditos subsidiados.

Indústrias em compasso de espera

Diagnóstico feito pelas associações empresariais, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Sebrae e Junta Comercial, apontou quase 2 mil negócios atingidos pela inundação. A maioria pequenas e médias empresas.

No relatório das indústrias de maior porte, com faturamento de até R$ 300 milhões por ano, são 15 organizações. Para este grupo, não houve nenhum amparo governamental. No início do ano, foi formada uma comitiva de empresários para uma reunião no Rio de Janeiro, na sede do BNDES.

O intuito foi discutir soluções para acessar créditos e reconstruir os negócios afetados pelas inundações do ano passado.

Pelo modelo apresentado pelo governo federal, com juros de 1,75% ao mês e carência de um ano e meio, não houve interesse. A expectativa dos líderes do setor produtivo é que a visita de sexta-feira traga novidades sobre os créditos subsidiados para empresas de médio e grande porte.

Agenda

  • 11h – Anúncio de ações e investimentos do governo federal para o Rio Grande do Sul.
    Local: Teatro do Sesi, Av. Assis Brasil, 8787, Sarandi, Porto Alegre.
  • 15h – Prestação de contas e anúncios do governo federal para municípios atingidos pelas enchentes.
    Local: Teatro da Univates, Lajeado

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