Como começou seu interesse pela área?
Foi através da minha mãe. Ela pedia muito para eu remover o esmalte das unhas dela, fazer o corte, passar uma base. Naquele tempo usava flores pintadas de decoração e eu as colocava nas unhas dela. E foi assim que começou meu interesse. Depois, com o tempo, passei a fazer as unhas das vizinhas, de algumas primas, continuei fazendo as da minha mãe, e peguei gosto. Faço unhas há 13 anos, mas fixo mesmo, há dois.
Você só trabalha como manicure ou atua em outras áreas também?
Somente como manicure. Tenho formação em cabelo também. Ajudei por um tempo em salões, mas hoje só tenho essa área como renda fixa. Começou como um extra e hoje é meu trabalho. Até o momento, trabalhar arrumando unhas sempre foi meu objetivo. Já pensei em fazer design de sobrancelhas, penteados, mas nunca fiz. Foram só por pensamentos. Ser manicure é cuidar do embelezamento, da auto estima e do autocuidado que homens e mulheres têm consigo.
Você sente ou já sentiu algum preconceito por você ser homem e geralmente a profissão ser composta por mulheres?
Não. Nunca tive problema referente a isso. Na verdade, muitos têm curiosidade. No começo não era considerado uma profissão, era um extra. Quando comecei a ganhar dinheiro arrumando unhas, poucos amigos e familiares me apoiaram. Na verdade, seu cliente que vira amigo e não o amigo que vira cliente. Atendo homens também, tenho três clientes fixos. Mas ainda temos um certo preconceito com isso aqui na região, de homens fazerem as unhas.
Quantos clientes você atende, em média, diariamente e qual o período que você considera mais intenso?
Depende muito. Mas uma faixa de seis clientes por dia. Meu recorde de trabalho foi agora em fevereiro, que atendi 13 pessoas. Comecei às 8h e parei depois das 21h. Na época de natal e réveillon é a semana toda cheia. Mas o período mais intenso mesmo é no verão, que o trabalho triplica. Já no inverno ameniza.