Impunidade no futebol: até quando?

Opinião

Fabiano Querotti

Fabiano Querotti

Colunista da dupla GreNal e de futebol

Impunidade no futebol: até quando?

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O futebol, paixão nacional, deveria servir de exemplo para a sociedade. O esporte é uma das mais poderosas e acessíveis ferramentas de inclusão social que temos. Através dele, crianças fortalecem laços afetivos, aprendem a perder e também a como agir na vitória. Mostra que existem regras a serem respeitadas e que se você tem um objetivo, precisa se dedicar a ele. Mas não é o que temos presenciado em algumas situações, principalmente envolvendo torcidas organizadas. O futebol brasileiro vem dando cada vez mais exemplos ruins.

Na semana passada, após o empate contra o Sport, pela Copa do Nordeste, o ônibus do Fortaleza foi apedrejado na saída da Arena Pernambuco. Cláudio Maurício, diretor do Departamento de Performance do Fortaleza, revelou que o atentado contra ônibus do clube deixou mais de 1.200 lesões em atletas da equipe. O lateral-esquerdo Escobar foi o maior prejudicado pelo apedrejamento. O jogador, que precisou ser encaminhado para a UTI do hospital mais próximo, foi diagnosticado com um traumatismo cranioencefálico e precisou levar 13 pontos no rosto.

Policiais militares prenderam torcedores de Flamengo e Fluminense, no último domingo, após briga generalizada em função do jogo realizado entre as equipes no Maracanã. De acordo com a Polícia Militar, 72 pessoas chegaram a ser detidas. Ainda segundo informações da corporação, integrantes de torcidas organizadas que estão proibidas de frequentar os estádios estavam nestes tumultos. Um dos envolvidos é apontado como presidente da Torcida Jovem Fla. Os policiais apreenderam ainda bastões, artefatos explosivos, pedras e cartões de sócios dos clubes.

Ainda no domingo, dois torcedores colorados precisaram de atendimento médico de urgência, prestado pelas equipes de socorro presentes no Beira-Rio, depois de terem sido atingidos por cadeiras arrancadas e arremessadas em meio à multidão. Mais assentos foram depredados e lançados por torcedores inconformados com a derrota do Grêmio.

Estes não são fatos isolados. As autoridades do esporte precisam tomar atitudes e aplicar punições para acabar com essa escalada de violência. As instituições, os clubes se manifestam, repudiam as atitudes vergonhosas, mas e as punições? Não basta fazer jogos sem torcida, não está adiantando. Algo mais severo precisa ser feito.

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