BR-386 se torna uma rota promissora aos negócios

ECONOMIA E NEGÓCIOS

BR-386 se torna uma rota promissora aos negócios

Business Park é um exemplo, e já reúne empresas importantes no complexo, como o Parrillero. Na margem oposta, fica o centro de distribuição do Grupo Passarela, entre outros empreendimentos

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BR-386 se torna uma rota promissora aos negócios
Junto ao empreendimento 386 Business Park, do Richter Gruppe, começam a surgir novas empresas. (Foto: Felipe Neitzke)
Vale do Taquari

Um lugar de visibilidade, boa logística e espaço para o desenvolvimento. Assim José Paulo Richter, CEO do Richter Gruppe, define a BR-386. Ele ainda cita o fluxo nos dois sentidos da via e a quantidade de empresas buscando as margens para empreender.

A escolha do Richter Gruppe por construir o 386 Business Park em uma das margens da rodovia levou em consideração esses fatores. E, hoje, outras empresas já se integram à estrutura.

Richter conta que a ideia surgiu em 2013. Dois anos mais tarde, fecharam o negócio e em setembro de 2017 a obra iniciou, sendo entregue no fim de 2019. Ele diz que os negócios estão acontecendo no empreendimento, mas o entorno já começou a se desenvolver muito antes.

“Isso, para o empreendedor, é fantástico, porque não só o empreendimento que a empresa executa mas todo o entorno começa a se desenvolver. Esse é o grande desenvolvimento urbano, de cidades”.

Arquiteta responsável pelos projetos executados no 386 Business Park, Franciéli Ferreira, destaca que a BR-386 é um cartão de visitas do Vale e do empreendimento como um todo. “Neste sentido, vemos como a arquitetura enobrece esse ambiente. Cria-se um padrão e tu não consegue mais ver qualquer tipo de negócio no entorno”.

Potencial de crescimento

Um dos empreendimentos mais novos a fechar contrato no Business Park é o Parrillero 386. A empresa tem raízes em Nova Bréscia, a terra do churrasqueiro, onde a família iniciou no ramo há mais de 40 anos. A abertura do empreendimento no complexo será em parceria com a Casa Nostra.

Sócio do negócio, Junior Laste conta que viu oportunidade de crescimento na região e a proximidade da capital também ajudou na decisão de empreender no Vale do Taquari. “Identificamos um potencial muito grande ali, por tudo que está acontecendo, as empresas, a gente vê a 386 em desenvolvimento”.

Ele ainda diz que a gastronomia vem mudando e acredita no diferencial da empresa trazida à região. “Nosso Vale aqui é fantástico, vamos trazer o Parrillero com a ideia de trazer uma experiência gastronômica no mundo dos assados”.

Laste conta que a veia empreendedora e o gosto pela gastronomia vieram dos pais, que se conheceram no Rio de Janeiro. Ela, cozinheira, e ele garçom, se uniram a outros sócios para abrir um restaurante na cidade. Mais tarde, vieram a Porto Alegre, onde iniciaram as churrascarias Moinhos de Vento e Galpão Crioulo.

O pai ainda levou algumas marcas a São Paulo e, quando faleceu, em 1988, os dois filhos começaram a participar de forma mais efetiva nos negócios. Agora, Laste traz a experiência que também teve em São Paulo e Rio de Janeiro à região.

Falta mão de obra

Do outro lado da BR-386, também fica o Complexo Betiolo, onde está instalado o centro de distribuição do Grupo Passarela, de Santa Catarina, que iniciou seus negócios na região a partir da loja no Shopping Lajeado.
“O Vale vem nos surpreendendo. As oportunidades que temos encontrado aqui, no Rio Grande do Sul como um todo, por isso nossa expansão está aqui”, destaca o CEO do Grupo Passarela, Alexandre Simioni.

Com negócios em 14 cidades, ele diz que a empresa vê um diferencial em Lajeado, também em termos de educação, qualidade de vida e comunidade. Para ele, esses fatores atraem os negócios.

A distância dos centros urbanos também é positiva e ainda favorece a logística para a carga e descarga dos caminhões e distribuição para as demais lojas, inclusive de fora do Vale. No centro de distribuição, Simioni diz ainda ser um desafio a mão de obra.

“É uma região ainda pouco povoada no entorno onde temos o CD, então sofremos com o deslocamento desses profissionais, já que não tem transporte urbano”.

Simioni destaca que a empresa contratou o serviço de transporte particular e a alimentação é feita em parceria com uma empresa que oferece marmitas aos colaboradores ao meio dia.

“São detalhes que vão impactar na decisão do trabalhador de ir trabalhar lá ou não. A distância também é muito próxima, mas numa cidade menor, as pessoas não estão acostumadas a se deslocar 15, 20 minutos, é uma questão cultural que vem mudando”.

Moradias aos trabalhadores

A partir da consolidação das empresas na BR-386, surge uma nova necessidade na área da habitação. Pensando nisso, o Richter Gruppe também cria um espaço residencial nas proximidades do Business Park. O complexo, que também inclui o comércio, será chamado de Vale Village.

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