“Eles me salvaram”, afirma paciente de diálise sobre ajuda de casal

SOLIDARIEDADE

“Eles me salvaram”, afirma paciente de diálise sobre ajuda de casal

Brenda Knauth perdeu os bens nas enchentes de 2023 e é uma das seis pacientes de clínica contempladas com doações obtidas por meio de vaquinha online. Italiano conheceu história dela e de outras pessoas por meio da namorada arroiomeense, também paciente

Por

Atualizado segunda-feira,
26 de Fevereiro de 2024 às 16:39

“Eles me salvaram”, afirma paciente de diálise sobre ajuda de casal
Foto: Paulo Cardoso
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A tarde de sexta-feira, 23, foi de emoção para Brenda Knauth. Paciente de diálise na Clinefron, em Lajeado, ela sofreu por conta das enchentes de 2023 na cidade, pois residia em uma casa que foi inundada. Por conta disso, recebeu a ajuda de um casal, sensibilizados com a situação dela e de outros pacientes nas mesmas condições.

Empresária arroiomeense e também paciente na mesma clínica, Aline Piazzini fez a entrega da doação à Brenda, ao lado do namorado, Gabriele Momoli. Morador da região do Vêneto, na Itália, ele foi o responsável por organizar a vaquinha, que beneficiou Brenda e outras pessoas.

Brenda, que residia há pouco tempo na casa atingida pela enchente, relembra que não esperava enfrentar aquela situação e, posteriormente, receber a ajuda do casal. “É mentira, esse valor não é real, quem sai dando dinheiro para os outros?”, questionava.

Após as cheias, as dificuldades na vida da Brenda aumentaram, somadas ao tratamento. Por isso, não conseguia acreditar em coisas boas. Com a contribuição recebida, sentiu-se aliviada e esperançosa. “Eles me salvaram”, afirma.

Também emocionado, Momoli conta que se sente feliz por ter superado o valor da meta de doações, porque sabe o quão difícil é arrecadar dinheiro, ainda mais por ser uma pessoa anônima. Por isso, reconhece o quanto aquela contribuição significou para cada um. “Mas o mérito não é somente meu, mas também das 170 pessoas de diferentes nacionalidades que ajudaram a reconstruir a vida dos atingidos pelas cheias do Rio Taquari”, frisa.

A enfermeira coordenadora da clínica, Graziella Gasparotto, assemelha os pacientes a uma grande família, onde há uma relação de empatia muito forte, que contribui significativamente para saúde deles.

Comoção e superação

Gabriele Momoli é italiano e reside em Pieve del Grappa, na região do Vêneto e veio ao Brasil com dois objetivos: visitar Aline, que é portadora de síndrome de rins policísticos, e também para fazer, pessoalmente, a entrega das doações a seis pacientes que perderam todos os bens nas cheias de setembro e novembro.

O italiano relata que seu primeiro contato com a patologia e com o tratamento foi quando conheceu Aline, que, em função do diagnóstico, realize sessões de diálise na clínica localizada dentro do Hospital Bruno Born.

Entre os meses de setembro e novembro, quando ocorreram as grandes cheias, Momoli decidiu abrir uma campanha de arrecadação financeira em prol dos pacientes, indicados pela assistente social do hospital. Ao mesmo tempo em que queria ajudá-los, também queria conscientizar as pessoas sobre a importância da diálise.

Simultaneamente, Momoli fez o Caminho de Santiago, onde percorreu 250 quilômetros entre os dias 12 e 23 de dezembro. No final da campanha, alcançou o objetivo. Além de auxiliar na reconstrução da vida de seis famílias, doou uma parte do valor para o Rotary Club de Arroio do Meio.

Foto: Paulo Cardoso

Acompanhe
nossas
redes sociais