Ana Bergamaschi, paixão por construir sonhos

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Ana Bergamaschi, paixão por construir sonhos

Referência na arquitetura, profissional comemora 40 anos de trajetória

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Atualizado quinta-feira,
11 de Fevereiro de 2024 às 14:07

Ana Bergamaschi, paixão por construir sonhos
Ana é natural de Relvado e desde jovem gostava de organizar e decorar a casa (Foto: Diogo Fedrizzi)
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

“Sempre tive gosto pela casa arrumada. Desde jovem, adorava trocar os móveis de lugar, criar cenários diferentes, colocar uma flor, mexer o sofá, posicionar uma almofada”. O encantamento pela estética e organização de ambientes, naturalmente, aproximou Ana Izabel Polesi Bergamaschi, 63, da arquitetura, embora a psicologia também lhe chamasse a atenção quando ainda pensava sobre seu futuro profissional. “As duas áreas conversam, mexem com o íntimo das pessoas. Quando desenvolvo um projeto, tenho que conhecer o cliente, saber como ele vive, o que ele gosta”, explica a profissional, que em 2024 comemora 40 anos de formação.

Ela estudou na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo, no tempo em que era comum o uso de réguas T, caneta de nanquim, papel manteiga e papel vegetal para as atividades práticas em sala de aula. Os computadores vieram depois. “Cursei computação no início dos anos 90. Me deslocava todos os dias a Porto Alegre. Comecei a usar o programa Corel Draw para desenhar as fachadas mais coloridas”, lembra a empresária, casada com o pediatra Nestor Bergamaschi, mãe de João Augusto (médico), Maurício (economista) e Isabela (bucomaxilo), e avó de dois netos, Helena e Antônio.

O escritório fica em uma das salas do Edifício Unimed. Ela trabalha em parceria com as arquitetas Daniele Mior, de Encantado, e Maria Eduarda Albertoni, de Porto Alegre, além do engenheiro Marcos Bastiani, colega desde que Ana iniciou sua trajetória. “Desenvolvemos projetos arquitetônicos, elétricos, hidrossanitários e muita arquitetura de interiores”, explica a profissional, que há anos integra a Associação dos Arquitetos de Interiores do RS, entidade que lhe oportunizou o contato com renomados escritórios brasileiros, como Rui Ohtake e Armentano, além de viagens para Milão, Praga, Budapeste e Dubai. “As viagens internacionais são inspiradoras. Sempre fui muito curiosa de ver e saber o que está acontecendo pelo mundo”, acrescenta.

Ana nasceu em Relvado. Os pais Augusto e Irma eram proprietários de um armazém de secos e molhados, a famosa “Loja da Esquina”, na área central, que comercializava de tudo, desde ferramentas, tecidos, brinquedos, grãos e alimentos. “Só não vendiam carro”, brinca. Hoje, quem administra a loja é o irmão João Batista (o outro irmão, Antonio, já é falecido). O estabelecimento permanece no mesmo endereço, agora focado no ramo de materiais de construção e supermercado. A arquiteta recorda com alegria os tempos de criança e o envolvimento com o negócio da família. “Com 5 anos, eu já ajudava nesse comércio. Isso me fez ver a importância do trabalho, a garra que se ganha quando se gosta do que se faz e a independência que isso cria”, conta Ana, que iniciou os estudos nas escolas da terra natal e concluiu o ensino médio em Encantado, antes de fazer a graduação em arquitetura.

Ana já executou mais de 150 mil metros quadrados de projetos de construção e dois deles até hoje lhe trazem orgulho: os prédios Bela Vista, erguido há cerca de 30 anos, e o mais recente, o Vila Bela, ambos em Encantado. “O Bela Vista foi um desafio grande. São 12 apartamentos, um diferente do outro. E o Vila Bela foi um projeto pessoal, que me deixou muito feliz. Tem um dos melhores acabamentos da cidade”, salienta.

Os trabalhos de Ana Bergamaschi também são reconhecidos por publicações especializadas, como a Revista Visual & Design e o livro Anuário ARQ, em que, das 10 edições lançadas, nove tiveram seu nome estampado nas páginas. Entre os principais prêmios recebidos, estão o do próprio Anuário ARQ, em 2022, como um dos melhores projetos de residência, e o do Anuário da Hunter Douglas, empresa de cortinas e persianas. “A arquitetura me move, me sinto realizada e feliz enquanto estou trabalhando, seja no escritório ou diretamente nas obras. Pretendo seguir por mais alguns anos e quem sabe realizar o sonho de muitas pessoas. Se olhar para trás, faria tudo de novo”, orgulha-se.

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