Os protestos e o free flow

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Os protestos e o free flow

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O pedágio com cobrança automática e sem cancelas (free flow) já implantado pelo governo do Rio Grande do Sul na RS-122, em São Sebastião do Caí, é alvo de protestos. Nem tanto pelo modelo mais prático de pagamento por meio de Tag e cobrança posterior. Mas, sim, em função do altíssimo valor inicial da tarifa. Por lá, a passagem pelo único arco com free flow custa R$ 12,30 para os veículos. Um valor exorbitante e com potencial para gerar impactos imprescindíveis à economia local.

Não por menos, parlamentares e líderes regionais se mobilizam para pressionar o governo estadual e até mesmo abrir vias alternativas e urbanas para desviar da cobrança. Em tempo, e isso é importante debater de antemão, não é este o propósito do free flow sugerido pelos representantes do Vale do Taquari. Por aqui, a proposta é diluir o valor da tarifa em diversos arcos instalados ao longo das rodovias estaduais e em diferentes municípios. Para os líderes locais, é preciso “democratizar” a cobrança e o impacto. E não seguir punindo determinadas comunidades.

Inova Servidor supera expectativas

O Programa Inova Servidor, realizado pelo Executivo de Lajeado para provocar soluções inovadoras junto aos servidores e serviços públicos, superou as expectativas. No total, 32 funcionários do poder público (de nove secretarias, Procuradoria e Gabinete) protocolaram 36 projetos junto ao edital. Com destaque para os agentes da Secretaria de Saúde, que inscreveram 10 propostas. Agora, as proposições serão avaliadas por uma comissão durante o mês de fevereiro.

Em pré-campanha, Kniphoff solta o verbo

O vereador Sérgio Kniphoff (PT) também é pré-candidato a prefeito e na sessão plenária desta semana ele soltou o verbo contra o governo municipal. Ele cobra mais fiscalização e apuração sobre os custos da obra de duplicação da ERS-130 e a construção de uma passagem inferior junto ao trevo da BRF.

Segundo o petista, e de acordo com ofício encaminhado à câmara pelo poder público, o objetivo do segundo Termo Aditivo firmado com a empresa responsável era adequar o orçamento da espessura de pavimento. “Decidiu-se aumentar esta espessura em decorrência do fluxo de veículos na rodovia, o que gerou maior desembolso do contratado e consequentemente a necessidade do Município remunerar estes serviços”, cita o Executivo.

“Isso é um deboche com a população. Estão nos tirando para palhaço. Como vão me dizer que o vencedor da licitação não sabia que naquele ponto trafegam muitos caminhões com frango e ração.”

E o prédio do Daer?

O governo de Lajeado foi questionado pela câmara sobre os valores de avaliação do imóvel de propriedade do Daer, que será repassado ao poder público municipal após a finalização das obras de ampliação da ERS-130. E, de acordo com o Executivo, valor venal do terreno e edificações localizadas no entroncamento entre a Av. Benjamin Constant e a Av. Alberto Pasqualini passou de R$ 15 milhões para R$ 16,8 milhões.

Movimento na Agil

As empresas mantenedoras da Agência de Desenvolvimento e Inovação Local (Agil) se reuniram para o primeiro “almoço/reunião” do ano. O encontro ocorreu na quinta-feira. Entre as pautas, as oportunidades de colaboração com a Finep para obtenção de recursos e um edital de inovação focado em soluções internas das empresas. Também foi apresentada proposta para workshop de inovação visando aprimorar a gestão. Além disso, Douglas Lutz, CEO da Demander, foi eleito como novo conselheiro da Agil, preenchendo a vaga ocupada por Carlos Haas Oliveira.

O fardo e as pesquisas

Pesquisas internas dos partidos do Vale do Taquari apontam para uma série de candidatos (as) com maior apreciação por parte dos eleitores nas majoritárias. Mas, quando a pergunta é a razão para determinado voto, nem todos os postulantes a prefeito ou prefeita geram bons argumentos por parte dos entrevistados. E a razão disso pode ser a própria vontade – ou não – para concorrer. Eu explico. Há agentes políticos que ainda não se decidiram sobre o pleito de outubro e seguem em cima do muro. Por vezes, esses ditos pré-candidatos – ou pré-candidatas – deixam transparecer, inclusive, um certo desprezo e incômodo com tal possibilidade.

TIRO CURTO

• Alô, alô cargos comissionados que atuam no governo estadual. As máquinas fotográficas ficaram no passado e hoje qualquer celular é capaz de fotografar carros – oficiais ou não – parados por longos períodos em residências e escritórios no Vale do Taquari, sem que haja uma justificativa plausível para justificar o gasto público (dos carros e dos salários).
• Árbitro de futebol amador e agente administrativo no Executivo de Estrela, Mateus Selke é cotado para assumir a presidência do PDT em Lajeado. A reunião para “bater o martelo” deve ocorrer nas próximas semanas.
• O assunto sobre a repactuação do contrato com a Concessionária CCR atinge a paciência de alguns gestores públicos e assessores. Especialmente em Lajeado, e muito em função da opinião de terceiros. Eu volto a afirmar: é preciso humildade por parte do todos os envolvidos para que possamos atingir mudanças mais assertivas. Não é hora de alimentar egos e teimosias.

• Sobre a repactuação com a CCR, o governo de Lajeado pretende solicitar autorização para novos acessos aos bairros Florestal e São Cristóvão, além de um viaduto conectando Hidráulica e Alto do Parque. E tudo será pago com recursos do poder público municipal.
• O governo de Lajeado também não vai abrir mão de um acesso e uma saída pela rua Bento Rosa, nas proximidades da Lojas Havan e Apomedil. O modelo apresentado gera discórdia entre alguns lajeadenses. E a possibilidade de utilizar a Rua José Bonifácio (a rua da AABB) para viabilizar retornos para quem trafega no sentido capital – interior.

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