Daniela Cristina Guterres Moraes, 34, saiu da residência da irmã e seguiu em direção ao chamado Travessão, na Rua 20 de Maio, bairro Canabarro, em Teutônia. Na tarde do dia 31 de janeiro, ela foi vista pela última vez usando calça jeans rasgada e blusa preta. Os vizinhos, moradores da mesma rua, dizem que a empresária passou pelos trilhos de trem da localidade, desceu em direção ao interior do bairro, no fim da rua, e não voltou. A moradora de Santa Catarina segue desaparecida há nove dias.
“Meu pai e eu vimos ela passar perto das 16h30min, a gente cumprimentou. Ficamos na frente de casa até 23h e pouco e ela não passou de volta”, conta uma das vizinhas. “Eu vi ela descendo, mas não sabia ainda quem era. Não conhecia a família. Fiquei sabendo que estava desaparecida só na segunda-feira”, relata Nelson Pelegrini, 60, outro morador.
Pelo menos outros 15 vizinhos questionados pela reportagem dizem saber do desaparecimento, mas afirmam que o caso é um mistério. “Nunca aconteceu algo assim no bairro”, diz outra moradora.
Daniela Cristina Guterres Moraes mora em Capinzal, Santa Catarina (Foto: Polícia Civil / Divulgação)
Sem pistas
Daniela estava em Teutônia desde dezembro, para visitar a família. Ela estava hospedada na casa da irmã de 32 anos, com o cunhado e duas sobrinhas. A mãe e o irmão também moram na cidade.
Segundo a polícia, Daniela reside em Capinzal, SC, e o boletim de ocorrência do desaparecimento foi feito pelo ex-marido, na cidade catarinense. A empresária tinha uma empresa de cuidados com cílios, que fechou há meses. Também é maquiadora, esteticista e promove mentorias online na área de beleza.
A irmã diz que Daniela estava em casa na noite de terça-feira, 30, e que a viu antes de sair para o trabalho na quarta-feira, 31, de manhã. Quando chegou no fim do dia percebeu o desaparecimento e ligou para o ex-marido da empresária para saber se Daniela não tinha voltado à cidade. Foi então que o ex-marido teria feito a ocorrência pelo site da Polícia Civil.
“Só quero que achem ela logo. Todo dia vem uma informação diferente, mas ninguém sabe onde ela está”, lamenta a irmã. Ela diz que as duas não cresceram juntas, mas tinham uma relação boa. Alguns vizinhos relatam ter ocorrido uma briga familiar, mas a irmã afirma ter sido uma conversa normal entre as duas.
A moradora do bairro Canabarro conta que Daniela tinha Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e comportamentos agitados. A empresária não deu sinais de que sairia da cidade e não deixou pistas do paradeiro à família.
Buscas
Capitã da Brigada Militar de Teutônia, Carmine Brescovit afirma que as buscas continuam, mas as autoridades seguem sem informações sobre o desaparecimento. “No último ponto em que ela foi vista por algumas testemunhas a gente já fez algumas buscas, mas nós não localizamos nada. Aquele local não tem câmeras que a gente possa ver para que lado ela caminhou ou se pegou carona com alguém”, comenta. “Ainda estamos juntando mais dados para tentar localizá-la”.
Segundo a Polícia Civil de Teutônia, as equipes retornaram à residência da irmã de Daniela com informações de que a empresária teria sido vista pelas redondezas na quinta-feira, 1º, de manhã. A família afirma que Daniela não voltou para casa.
