Comemorar, cobrar e agir

Opinião

Mateus Souza

Mateus Souza

Jornalista e colunista do caderno Lajeado - Um novo olhar sobre os bairros

Comemorar, cobrar e agir

Por

Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Lajeado fez 133 anos de emancipação no último dia 26. E o aniversário foi celebrado em meio a um momento de conquistas, mas também de dificuldades. Não é preciso voltar muito no tempo para lembrar do drama enfrentado pela população. Em dois meses, duas enchentes devastadoras. Bairros como o Conservas, um dos temas centrais da publicação deste mês, ainda apresentam tristes marcas da cheia do Rio Taquari.

Basta uma rápida circulada pela avenida Beira Rio e notar que ainda há muito para ser feito na reconstrução. Passadas as festividades, agora é hora de retomar o foco e arregaçar as mangas. Para que, no futuro, tenhamos reais motivos para comemorar.

Nova escola

Entre os investimentos projetados pelo governo municipal a partir da negociação da área do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), está a construção de uma nova escolaao bairro Conservas. A demanda crescente foi identificada pela Secretaria Municipal de Educação e a estrutura atual é insuficiente e precária. Portanto, trata-se de uma obra primordial para a qualificação do ensino público infantil na cidade.


Grandes empresas

Os bairros Morro 25 e Nações estão entre os menos populosos da cidade. Mesmo assim, possuem relevância econômica para a comunidade, ao aproveitarem a mão de obra local existente. Há uma vocação produtiva bem específi ca naquela região, com a existência de dois curtumes. O centenário Curtume Koefender é uma das empresas mais antigas da região em atividade e emprega um número relevante de pessoas. Mais recente, o Curtume Rusan também conta com amplo reconhecimento. E ambos estiveram na lista das 100 empresas com maior retorno de impostos à cidade.

 

E o parque?

Anunciado ano passado durante uma entrevista à Rádio A Hora pelo prefeito Marcelo Caumo, o novo parque às margens do Rio Taquari, entre os bairros Morro 25 e Santo Antônio segue nos planos da administração. A ideia é aproveitar uma área com mais de 4 hectares para esta finalidade. Porém, não houve avanços recentes nas negociações para a permuta entre áreas. Tudo indica que deixou de ser prioridade, sobretudo após as enchentes de setembro e novembro.


ANTES E DEPOIS

Pavimentada na década passada, a rua Uruguai possui grande importância à comunidade do bairro das
Nações. É nela onde está instalada a Escola Oscar Koefender. As imagens mostram a via ainda com
infraestrutura precária (2011) e nos dias atuais (2022), já com asfalto e bem sinalizada.


 

DAS RUAS 

– Já não era sem tempo! Uma das ruas mais problemáticas da cidade, a Bento Rosa será totalmente capeada entre a divisa dos bairros Hidráulica e Carneiros até a Central. A via, que mais parece uma colcha de retalhos, receberá a maior parte dos R$ 2,9 milhões do governo de Lajeado para a reestruturação do asfalto,
considerado crítico por usuários e empresários do entorno;

– Aliás, outras sete ruas estão no pacote de investimentos neste primeiro momento. Em alguns, as máquinas da Construtora Giovanella já executaram os trabalhos, casos da Carlos Von Koseritz e Germano Berner, no Centro, e a 15 de Novembro, na divisa dos bairros Centro e Moinhos. Moradores de bairros mais afastados, no entanto, se queixam de terem ficado de fora das prioridades;

– O alargamento da Pedro Theobaldo Breidenbach, em Conventos, é uma obra indispensável ao desenvolvimento local. Disso ninguém tem dúvida. Dito isso, alguns moradores estão descontentes com o excesso de poeira e sujeira na pista, sobretudo nas imediações da Escola Municipal Vida Nova. Vale lembrar, este foi apenas o primeiro trecho alargado;

– Vida nova à Décio Martins Costa. Mesmo ainda sem ser inaugurada oficialmente, a nova pista de skate já caiu no gosto de praticantes. O espaço também dá maior visibilidade ao esporte na cidade. E se soma a outros investimentos, como as quadras de vôlei e de beach tennis, abertas no ano passado e que já são sucesso de público aos finais de semana. Quem sabe, assim, a avenida deixe defi nitivamente de ser conhecida somente como “a rua do Valão”;

– Por outro lado, algumas pracinhas localizadas tanto em bairros centrais quanto nos mais afastados caíram no esquecimento do Poder Público. Vegetação alta, brinquedos em condições precárias e vandalismo inibem a presença das famílias em áreas que deveriam ser única e exclusivamente voltadas ao lazer da população.

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