Encantado realoca famílias para abrigo municipal no Navegantes

ENTREVISTA | FRENTE E VERSO

Encantado realoca famílias para abrigo municipal no Navegantes

A retirada dos moradores que ainda estavam na creche do bairro Navegantes e no Parque João Batista Marchese foi concluída. Novo espaço oferece melhores condições de estadia localizado na antiga creche do bairro

Encantado realoca famílias para abrigo municipal no Navegantes
Cristiane Deves Silva, Márcia Almeida, Assistentes Sociais, e Fabiano Lemos, secretário de Assistência Social e Habitação de Encantado (Foto: Diogo Fedrizzi).
Encantado

Cinco meses após a maior tragédia natural que já atingiu o Vale do Taquari, o município de Encantado continua se restabelecendo aos poucos. No programa Frente e Verso desta terça-feira, 6, o secretário da Assistência Social e Habitação de Encantado, Fabiano Lemos, acompanhado de Cristiani Silva e Márcia Almeida, ambas assistentes sociais, falaram sobre os avanços dos projetos habitacionais e do manejo dos moradores que perderam suas propriedades e encontram-se em abrigos.

O município de Encantado foi contemplado com 180 moradias através do programa Minha Casa, Minha Vida – Calamidade, com custo zero. Dessas, 100 são casas e o restante apartamentos.

Lemos relata que a meta de remanejar as famílias que ainda estavam na creche nova no bairro Navegantes e no Parque João Batista Marchese, foi concluída. No dia de ontem, 5, todos esses moradores foram realocados para um novo abrigo municipal, com melhores condições de estadia.

“Priorizamos a retirada dessas famílias que agora estão na antiga creche do Navegantes que foi toda adaptada para recepcionar essas famílias com toda segurança e comodidade que merecem”.

Atualmente, há um total de 105 pessoas sem moradia em decorrência do desmoronamento causado pela segunda enchente do último ano.

Aluguel social

A assistente social Márcia, explica que o aluguel social se adequa à aquelas pessoas que tiveram suas casas destruídas pelas cheias ou interditadas pela defesa civil, mas que o projeto se estende também para moradias com deteriorações que possuem idosos e crianças como moradores, em razão de não conseguirem realizar manutenções.

Os números divulgados pelo Executivo expõe que tiveram 227 inscritos para o recebimento do aluguel social que atualmente é R$ 800, porém, 85 tiveram o pedido negado, em razão da casa estar em condições para ser reestruturada.

“Em número de pessoas, há 673 desalojadas, isso representa 2,83% da população”, sinaliza o secretário. E ainda há pessoas que moram em áreas de risco de alagamento e resistem, porque ali está a história de vida deles, o que é compreensível. Fabiano complementa que os bairros estão voltando à normalidade a passos lentos, mas estão se firmando novamente, “tem a vontade de se reerguer”.

Já Cristiani sinaliza que situações que antes eram invisíveis, atualmente se tornam visíveis e que a questão de violência doméstica tem se intensificado e, por isso, é necessário articular junto com toda rede, entre eles e a Univates que possui convênio para realização de um trabalho assistencial. Ela finaliza dizendo que o trabalho delas é de muita escuta, mas também de viabilizar direitos.

Acompanhe a entrevista na íntegra 

 

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