Um novo porto ao Vale

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Um novo porto ao Vale

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O Vale do Taquari pode ser contemplado com a construção de um novo porto fluvial. Eu explico. Em Taquari, a nossa “cidade-mãe” da região, um grupo de empresários estuda a instalação de uma estrutura portuária para abastecer e escoar a produção local, especialmente por meio de contêiners. O projeto ainda é incipiente, e está avaliado em cerca de R$ 30 milhões. E é bom que se diga. Serão edificações muito menores se comparadas ao Porto de Estrela, construído na década de 70 pelo ex-presidente Ernesto Geisel – e que hoje infelizmente não apresenta uma movimentação condizente com o tamanho do complexo portuário. Mas será suficiente, sim, para gerar e incrementar renda para diversas empresas e indústrias daquela cidade e também de municípios vizinhos, além de atrair novos empreendimentos ao Vale. Se sair do papel, é claro!

Bafo na nuca da RGE. Mas até quando?

Pouco a pouco e o cerco jurídico, político e empresarial deve gerar um verdadeiro e necessário “bafo na nuca” nos dirigentes da RGE. Antes tarde do que mais tarde, reforço, líderes regionais engrossaram o caldo contra a concessionária e também projetam muita pressão sobre quem deveria – de fato – fiscalizar e cobrar melhorias. No caso, a Aneel, a Agergs, e o Conselho de Consumidores, especialmente. Mas a pergunta que se ergue entre alguns agentes mais céticos é: até quando vai perdurar essa indignação coletiva? E a mesma pergunta vale para as indignações perante enchentes, estiagens, dengue, e etc…

Comitiva na barragem de Cotiporã

Uma comitiva de representantes dos setores público e privado do Vale do Taquari participa de mais uma missão institucional nesta quarta-feira. E, assim como a ida até a catarinense Blumenau, a viagem de hoje serve para buscar conhecimento e subsídios para a criação do nosso Plano Regional de Combate e Prevenção às Enchentes. O grupo vai conhecer a estrutura e o funcionamento da Barragem 14 de Julho, em Cotiporã, uma ferramenta que também funciona como usina hidrelétrica da Companhia Energética Rio das Antas, a Ceran. Por óbvio, o Grupo A Hora também vai acompanhar esse importante movimento e trazer os detalhes em todas as plataformas.

As agências e os “pelegos”

Presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Luciano Moresco é ex-vereador e ex-secretário municipal. E faz tempo acompanha os desmandos sobre o Vale do Taquari, especialmente por parte das concessionárias de energia elétrica cujas diretorias estão distantes, inclusive, do Brasil. Na segunda-feira, em mensagem encaminhada a este colunista, ele foi duro – e justo – nas críticas ao Conselho de Consumidores da CEEE Equatorial e da RGE que, mesmo com algumas famílias aguardando mais de 140 horas pelo retorno da luz, avaliaram publicamente como “satisfatórias” as respostas de ambas as distribuidoras de energia após os temporais da semana passada. “Esse é um dos principais problemas das concessões. As agências reguladoras são ‘pelegos’ e me falta termo para definir os Conselhos dos Consumidores”, desabafou.

O leite e a portabilidade

Moradores em Boa Esperança Baixa bloquearam a estrada na espera por equipes da concessionária para religar a fiação atingida no último temporal

A portabilidade da conta de luz é a permissão ao consumidor de escolher qual empresa ou concessionária vai fornecer a energia elétrica, independentemente da distribuidora que atua em sua região. A ideia, que tem avançado em Brasília mas ainda não é uma realidade em solo brasileiro, é oferecer mais opções ao consumidor, gerando competição e, por consequência, tarifas e serviços mais atraentes. No Vale do Taquari, não são poucos os líderes regionais – e consumidores – que reivindicam a troca da RGE pela Certel, especialmente diante dos altos prejuízos nas áreas urbanas e rural (foto) em decorrência da demora no reestabelecimento por parte da primeira.

Só dois secretários em Taquari

Dois secretários municipais de Taquari deixam a administração até seis de abril, prazo final para quem vai concorrer no pleito de outubro. José Harry Saraiva, atual chefe da Saúde, e Luís Porto, da Assistência Social, deixam o governo. E o prefeito André Britto (PDT) não deve indicar substitutos. Com isso, sobram só dois secretários no Executivo. E a cidade vai muito bem, obrigado!

TIRO CURTO

  • A primeira reunião da Cacis de Estrela sob a presidência de Claus Wallauer ocorre no dia 1º fevereiro. Será momento para traçar as novas estratégias da importante entidade, e também para reiniciar os preparativos para a Estrela Multifeira, que ocorre só em 2025.
  • Em Taquari, o governo municipal vai investir na construção de uma nova sede ao Corpo de Bombeiros. Um movimento já realizado por outros municípios do Vale do Taquari, já que o Estado não cumpre o seu papel.
  • Alceu Moreira (MDB), Lucas Redecker (PSDB), Giovani Cherini (PL), Afonso Hamm (PP), Bohn Gass (PT), Heitor Schuh (PSB) foram os deputados federais mais votados no Vale do Taquari em 2022. Portanto, é deles – também – que precisamos cobrar ações e movimentos para pressionar as agências reguladoras que não fiscalizam a pleno as distantes concessionárias de energia.
  • Na coluna de ontem, escrevi sobre a possibilidade do vereador Valdir Griebeler trocar o PSDB pelo MDB, em Teutônia. Entretanto, e isso é do jogo, ele ainda não confirma a concretização do movimento. “Tem várias possibilidades, inclusive permanecer no PSDB. Mesmo tendo divergências com o atual presidente, Jonatan Bröntrup, temos uma relação muito cordial.” Então tá.

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