O ingrediente fundamental da Inovação

Opinião

Rafael Zanatta

Rafael Zanatta

Head do Vibee Unimed

O ingrediente fundamental da Inovação

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Existem muitas teorias sobre qual seria a melhor forma de inovar. Desde aqueles que defendem que os novos produtos deveriam sair de laboratórios internos e protegidos até aqueles que acreditam que a melhor forma de levar um novo serviço ao mercado é de forma 100% colaborativa, dividindo as responsabilidades entre vários atores.

É óbvio que a resposta para essa pergunta depende muito do modelo que você tem mais capacidade de executar. E aqui deve ficar claro que o que você deseja fazer é muito diferente do que você consegue fazer. Ou seja, se a sua organização é fechada e não consegue se relacionar bem com outras instituições, dificilmente vai conseguir inovar de forma colaborativa, mesmo que esse seja o desejo das lideranças.

Isso significa que essa empresa não tem capacidade de inovar? Não exatamente. No entanto, a liderança precisa entender de forma realista a sua cultura interna e terá que encontrar uma forma que funcione dentro das características que existem.

Por outro lado, inovar de forma colaborativa significa não ter o controle completo do processo e necessita ter a capacidade de navegar bem em ambientes no qual as lideranças mudam conforme a fase e evolução do projeto.

O ponto aqui é que nenhuma das formas escolhidas pela organização, seja uma dessas duas citadas ou suas tantas variações, terá sucesso sem um ingrediente que eu considero fundamental em qualquer iniciativa inovadora: o contato com o cliente.

Não existe inovação se ela não gera valor para o cliente e não traz resultado para a organização. Dito isso, por que tantas empresas ainda insistem em criar produtos e serviços sem ouvir aqueles que serão os usuários e vão pagar pela solução?

Parece óbvio, mas não é. E engana-se quem pensa que o modelo escolhido para inovar é quem define se haverá interação com usuários. Não é exceção os casos nos quais se faz “inovação colaborativa” sem que exista uma percepção real do que o cliente pensa a respeito daquilo porque simplesmente não se conversou com ele.

O resultado desse trabalho é um produto que chega ao mercado e que ninguém quer comprar. Ele é ruim? Não tem qualidade? É feio? Não, mas ele simplesmente não consegue resolver nenhum problema que o usuário tem a ponto de convencê-lo gastar dinheiro com aquilo.

E é por isso que o chamamento aqui é para um ponto que precisa ser entendido. Existem pontos positivos e negativos com qualquer metodologia que a sua organização vai escolher para conduzir os processos de inovação. Cabe às lideranças identificarem as melhores sinergias com a cultura a fim de maximizar os ganhos e minimizar problemas.

No entanto, e independente de qualquer coisa, você precisa colocar o seu time em contato com o cliente para entender o que faz sentido e o que não faz e onde vale a pena colocar energia. Ninguém questiona que o futuro das organizações vai passar pela dinâmica da inovação, mas precisamos ter a certeza de que estamos inovando de acordo com demandas reais do mercado para que ali na frente, quando o produto chegar “na prateleira”, ele seja desejado e consumido.

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