Dália integra movimento contra cortes de incentivos fiscais

Produzido por AI Dália

Dália integra movimento contra cortes de incentivos fiscais

Além de afetar competitividade, medida impactará população, já que os itens da cesta básica, antes isentos, serão tributados em 12%

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Demandas das cooperativas foram apresentadas ao Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura
Demandas das cooperativas foram apresentadas ao Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura

 

A Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs) reuniu cooperativas agropecuárias, na última semana, em Porto Alegre. O objetivo foi analisar os recentes decretos do governo gaúcho relativos aos cortes dos incentivos fiscais relacionados ao Fator de Ajuste (FAF), aplicado aos créditos presumidos concedidos pelo RS. 

 

Conforme os presidentes do Conselho de Administração da Cooperativa Dália, Gilberto Antônio Piccinini, e Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, e o Supervisor Contábil, Ivo Dirceu Villa, foi uma reunião para debater os impactos deste corte de benefícios em todo o setor produtivo e, principalmente, nas cooperativas agropecuárias. “Sabemos que o estado precisa cortar gastos ou ampliar a receita, mas queremos mostrar que essa medida prejudica o setor agroindustrial e gera prejuízos ao próprio estado, pois retirará a competitividade das empresas gaúchas”, afirmou Piccinini.  

 

Ameaça às empresas

O dirigente reiterou que os incentivos possibilitam a competitividade. “Eles nos dão condições para levarmos os produtos fabricados no RS para outros estados com preços atraentes ao consumidor. Sendo assim, este decreto é uma ameaça às empresas e, ainda, aumentará o preço da cesta básica”, alertou.     

 

Mais tributação 

O Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, enfatizou que os decretos do governo estadual impactarão de forma negativa para produtores e cooperativas. “Prova disso é que as carnes, tributadas em 7% até então, passam para 12%, o que, sem dúvida, ampliará a perda da competitividade das agroindústrias gaúchas, já afetadas pela condição da localização geográfica desfavorável, pois estão longe dos grandes centros de produção de grãos e consumo de carnes e derivados”, pontuou.  

 

Carlos Alberto também disse que, para os produtores, os insumos agropecuários, até então zerados, passam a ser tributados em 12% e, portanto, o preço deles terão acréscimo significativo na venda.  “Isso impactará para a população em geral, já que os itens da cesta básica, antes isentos, serão tributados em 12%, lembrando que a vigência dos decretos inicia em abril.”  

 

Demandas das cooperativas  

Após a reunião com as cooperativas, o presidente do Sistema Ocergs, Darcy Hartmann, apresentou as demandas ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. Além disso, já foi confirmada uma segunda reunião entre Hartmann e o representante do Ministério da Agricultura para apresentação de projetos de cooperativas do agro e seus programas de atuação durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque.