“Precisamos reavaliar a estrutura de Defesa Civil no RS”

ENTREVISTA | A Hora Bom Dia

“Precisamos reavaliar a estrutura de Defesa Civil no RS”

Para coordenador regional, é impossível pensar em ações concretas de prevenção e resposta com apenas duas ou três pessoas por região

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Atualizado sexta-feira,
19 de Janeiro de 2024 às 10:04

“Precisamos reavaliar a estrutura de Defesa Civil no RS”
Tenente coronel Everton Souza Dias / Crédito: Mateus Souza
Vale do Taquari

Evolução na percepção de risco, mas com muito ainda a ser feito. Essa é a avaliação do coordenador da Defesa Civil regional, tenente coronel Everton Souza Dias, a respeito da mudança de cultura no Vale quanto aos desastres naturais. Para ele, ainda existem ações “que só estão no discurso”.

Em entrevista ao A Hora Bom Dia na manhã desta sexta-feira, 19, Dias salienta que a prevenção precisa ser tratada efetivamente como prioridade. “Percebemos que os gestores públicos do Vale não tinham ainda esta percepção. Talvez em decorrência dos episódios recentes, agora é algo latente. Mas existe um longo trabalho pela frente. O comitê que foi criado pode ser um embrião para as mudanças necessárias”, salienta.

Dias lembra que, hoje, a Defesa Civil do RS é dividida em nove coordenadorias regionais e admite que o número de profissionais é insuficiente. “Em cada uma, temos de um a três agentes. Precisamos reavaliar a estrutura da Defesa Civil no RS. Não tem como pensar em prevenção, mitigação, preparação, resposta e reconstrução com apenas dois, três homens por região”.

Para Dias, a busca por parcerias é essencial para qualificar ainda mais o trabalho da Defesa Civil. Cita a parceria com Santa Catarina, cujo modelo é considerado referência para o RS. “Existe essa interação e conversamos seguidamente com eles. Não tenho dúvidas do quanto isso é importante”, frisa, ao lembrar que o estado vizinho tem uma secretaria específica para esta finalidade.

Cenário preocupante

Em relação às mudanças climáticas, Dias considera o cenário como preocupante para o futuro. Lembra de movimentos importantes feitos pelo governo gaúcho, mas com foco sobretudo em ações de médio e longo prazo.

“Temos agora o Comitê de Crise Climática, e o Pró-Clima 2050, um projeto que ainda está sendo construído. Não é algo para este momento. Mas mostra a preocupação do Estado com isso”.

Acompanhe a entrevista na íntegra

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