Como surgiu a ideia do Uriçamento?
O Baile do Uriçamento surgiu a partir de encontros entre skatistas, na pista de skate de Lajeado. Das sessões do esporte se desenvolveu uma confraternização. Assim, nasceu a ideia de fazer o evento, com o intuito de fomentar a cultura de rua de Lajeado. Hoje, ele representa a coletividade, uma essência do Hip Hop. É uma forma de se relacionar e viver que vai além das convenções de vida padronizadas.
Qual a importância do movimento?
A importância do Uriçamento reside na persistência e resistência a cada edição, assim como no potencial de inclusão social e promoção da cultura. Queremos que o público tenha contato com o Hip Hop, desconstruindo preconceitos estabelecidos pelo senso comum. A intenção é que cada vez mais pessoas vivenciem o movimento, podendo se encontrar ou reencontrar a partir dele. O Hip Hop é um movimento ancestral para pessoas negras, quando pensamos em sua história, desenvolvimento e potencial de resistência e empoderamento.
Quem participa?
Temos o imenso orgulho de dizer que o Baile abrange todos os tipos de público. Um dos nossos principais objetivos é acolher todos que tenham interesse em vivenciar esse contato com a Cultura de Rua. Com isso, quem estiver disposto e de coração aberto para experienciar o Hip Hop, participa.
Neste sábado ocorre mais uma edição, qual a expectativa para o momento?
Esperamos que a edição ocorra de maneira conectada com o público, recebendo uma diversidade de participantes ainda maior do que nos últimos eventos. As dinâmicas ocorrem na câmara de vereadores e no Parque dos Dick, para envolver da melhor maneira quem estará presente.
Como foram os preparativos?
A organização começou em setembro de 2023. Eu e Diego Gomes projetamos o Baile meses antes da realização. Embora a correria seja intensa no mês do evento, é significativo contarmos com uma equipe presente e disposta, assim como o apoio das instituições locais, para que tudo ocorra da melhor maneira possível.
E o seu contato com o Hip Hop, quando começou?
Meu primeiro contato foi aos 8 anos. Desde então, ele é a base da minha forma de viver, portar e relacionar. As pessoas têm um porto seguro, para mim é o Hip Hop. É meu lugar de reexistência. A intelectual Katiúscia Ribeiro fala sobre a razão de não estarmos separados do coração porque quando sentimos, coexistimos. O Hip Hop faz isso, coexistimos toda vez que temos contato com ele.