Menos juros e mais financiamentos em 2024, espera setor da construção

ECONOMIA E NEGÓCIOS

Menos juros e mais financiamentos em 2024, espera setor da construção

Empresários detalham como comportamento da economia e medidas governamentais podem fazer com que segmento tenha melhores resultados para gerar mais desenvolvimento social

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Menos juros e mais financiamentos em 2024, espera setor da construção
Empresários da construção afirmam que principal dificuldade da região está na falta de mão de obra. (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

Apesar da ampliação do teto para financiamentos do Minha Casa Minha Vida (MCMV), da queda dos juros e do crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), o setor da construção civil teve um 2023 considerado “morno”.

Na região, Lajeado é um polo do setor, com marcas e projetos reconhecidos pelo RS. No entanto, a Selic acima dos 13% durante quase todo o ano passado, afastou investidores. Essa é uma afirmação quase unânime entre empresários do setor.

“Houve poucos lançamentos de novos residenciais. Ainda estamos com oscilações muito presentes nos preços dos materiais, do ferro, do cimento e outros insumos”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção, Mobiliário, Marcenarias, Olarias e Cerâmicas à Construção, Artefatos e Produtos de Cimento e Concreto Pré-Misturados do Vale do Taquari (Sinduscom-VT), Jairo Valandro.

Pela análise do setor, os resultados nacionais confirmam que houve uma desaceleração em 2023, com um crescimento entre 1% a 1,2%.

Conforme o PIB da Construção Civil estimado pelo IBGE, em 2022 o avanço chegou a 6,8%. Quase o dobro no ano de 2021, quando chegou a 12,6%. Para este ano, a perspectiva é mais otimista na comparação com 2023, com um crescimento que pode chegar aos 3%.

Cenário regional

Nos 38 municípios da região, somando construtoras, prestadoras de serviço e empreiteiras, são mais de 30 mil CNPJs. Nas maiores cidades, essa representação é ainda mais evidente.

“Passamos por desafios nos últimos anos. Aumento dos custos dos insumos às obras. Frente ao mercado com menos demanda, as empresas não repassaram os custos adicionais aos produtos”, afirma um dos sócios da Construtora Diamond, Gustavo Schmidt.

“O momento é para o comprador”, resume outro empresário, proprietário da Zagonel, José Zagonel. As duas afirmações também se encontram quando o assunto é mão de obra.

“A falta de trabalhadores também tem interferência. Pois é custo. Faz com que o projeto leve mais tempo para ser construído”, diz Schmidt.

A construção civil é considerada o “termômetro da economia”, pelo fato de nos anos de crescimento econômico, o segmento acompanha os índices positivos, gera emprego, renda e atrai investimentos. Para se ter uma ideia, em uma obra, existe a participação de 97 atividades econômicas.

Análise

A reportagem consultou cinco empresários da construção e fez uma pergunta: O que o setor pode esperar de 2024?

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