“A presença feminina está cada dia maior nos rodeios”

ABRE ASPAS

“A presença feminina está cada dia maior nos rodeios”

Natural de Fontoura Xavier, Ana Carolina Vieira, tem 18 anos, e há três participa das provas no tiro de laço. Apoiada pelos pais Valdecir e Iraci Vieira, figuras ativas no meio tradicionalista, a família participa de diversas provas no estado e no Vale do Taquari. A jovem competidora ressalta a força de vontade direcionada nas competições e o apoio incondicional da família para obter bons resultados pelo CTG Osório de Assis

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“A presença feminina está cada dia maior nos rodeios”
Foto: acervo pessoal
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Neste meio tradicionalista, de provas campeiras, quem mais te incentivou?

Eu venho de uma família tradicionalista, então fui incentivada desde muito cedo. O primeiro rodeio participei com seis anos de idade, só que durante um tempo resolvi dar uma pausa e voltei depois com 15 ou 16 anos. Meu pai sempre foi, e continua sendo o meu maior incentivador . Na verdade toda a minha família ajuda. Estamos todo o final de semana na estrada.

Qual a importância do tradicionalismo para você?

Eu vivo isso desde muito nova. Hoje a minha família, o meu pai, o meu irmão, a minha cunhada, até o meu sobrinho, que hoje tem 11 meses, já ajuda a correr o gado e frequenta os rodeios. A tradição e cultura é muito bonita e o incentivo maior tem que vir de casa. Hoje quando vejo alguém começando é motivo de orgulho. Se a gente não tem incentivo das pessoas, nossa cultura morre. Infelizmente é assim.

É comum a participação feminina em rodeios? Ou isso está crescendo ao passar dos anos? O que tu percebe?

Sim, vem crescendo cada dia mais. Eu lembro que quando eu comecei a laçar, a presença feminina não era tão grande. A gente costumava ver mais homens nas provas gerais. Hoje na modalidade prenda temos mais categorias para competir, anos atrás se tu tinha 5 anos competia com alguém de 25, hoje não é mais assim.

Como é a rotina de vocês que rodam o estado em provas campeiras?

O nosso CTG é da 14ª Região Tradicionalista, mas nós visitamos muito aqui a 24ª. Rodamos o estado inteiro, literalmente. A intenção é que essas entidades retribuam as visitas em nosso rodeio que ocorre em fevereiro.

Como é a preparação e os treinos para as provas?

A questão do treino é muito importante, apesar de eu não conseguir treinar tanto por conta da minha rotina na semana de trabalho e estudo. Mas acho que uma das questões mais importantes é a concentração e o psicológico. Para quem não consegue treinar, é importante manter o foco na hora das provas. Com isso a chance da tua armada ser positiva é de 99%.

Que dica você pode dar para meninas que estão começando no tiro de laço?

Não desista no início. O início é realmente a parte mais difícil de laçar. E eu lembro de quando eu comecei a lançar, não fui a pessoa mais pacienciosa do mundo. Nada é fácil, principalmente quando tu vai competir nas categorias. Hoje o que eu diria às mais novas é: Se dedique ao máximo, treine e não desista. Todo mundo tem um momento que vai dar tudo certo.

Alguma prova mais marcante nesses rodeios que participa?

Todas são importantes, mas as provas que eu participo junto com a família são mais especiais, porque eu laço ao lado das pessoas que me incentivaram sempre. E assim cada prova que a gente ganha é muito significante. Ano passado eu e meu pai somamos mais de 10 vitórias.

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