Como começou sua carreira na arquitetura e no ensino universitário?
Eu tinha muita admiração por desenhos, formas, e meio ambiente. Desde criança gostava de desenhar. Aos 19 anos comecei a estudar arquitetura. Com o passar dos anos fui convidado para lecionar na Escola Cenecista de Arroio do Meio, a convite da então diretora. E assim segui minha carreira também na área acadêmica.
Quais foram os momentos-chave que moldaram sua trajetória profissional? Como a experiência acadêmica influenciou sua abordagem como arquiteto?
Logo que finalizei o curso, isso já faz 30 anos. Peguei o gosto pela aventura acadêmica, mais precisamente em sala de aula. No curso superior lecionei na Univates e na UNISC. Fui convidado também por várias escolas técnicas e SENAI, em cidades como Bento Gonçalves. Lecionei na primeira escola técnica de paisagismo do Rio Grande do Sul em Nova Petrópolis e depois disso também estive em Manaus em uma das primeiras escolas da região norte.
Destaque algum projeto que tenha sido especialmente marcante em sua carreira. O que o torna especial?
Todos os projetos são especiais, e realizei muitos. Mas eu sempre menciono o Edifício Porto Seguro na rua Carlos Fett Filho em Lajeado como a “Menina dos Olhos”. O prédio possui sete andares e na época da construção foi o primeiro prédio residencial com elevador panorâmico na região. A estrutura também possui uma característica marcante na distribuição de apartamentos. Outra obra marcante foi a do antigo cinema do Shopping Lajeado e a Igreja Evangélica do Florestal que tem um formato arredondado.
Como você vê a evolução da arquitetura ao longo dos anos? Houve alguma mudança, incorporação de novas tecnologias?
São mais de 30 anos, neste período eu tenho colocado meu conhecimento aos alunos. O que se observa é algo constante. Quando comecei na área, era a fase de entrada do computador, havia apenas oito ou nove profissionais. Testemunhei a fase das lapiseiras e a chegada dos computadores e programas que hoje são necessários. Talvez isso limitou um pouco o pensamento, mas não vejo como um problema. O que observo hoje é que a nova geração, alunos já se utilizam de técnicas bem diferentes das usadas no passado.
Que conselhos você daria para arquitetos em início de carreira?
O passo mais importante para os alunos e para quem deseja lecionar é a preparação e capacitação. Vejo como muito importante a procura por graduação e pós. Hoje o mercado está muito competitivo, com bons profissionais e a procura pelos cursos também aumentou bastante.