Depois de ouvir as associações empresariais há duas semanas, a comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara de Lajeado recebeu os questionamentos dos sindicatos sobre o atual modelo de estacionamento rotativo. A reunião ocorreu nesta quinta-feira, 21, no Legislativo.
Mais uma vez os apontamentos foram para a falta de agentes nas ruas, mais modelos de tecnologias para autoatendimento e a insatisfação com a motocicleta que fiscaliza o serviço. A mobilização dos vereadores ocorre devido a aproximação do final do contrato com a Stacione, em março de 2024. A ideia é entregar ao governo um documento com sugestões de requisitos para o próximo contrato.
“Nossa preocupação é com a próxima licitação, que o serviço a partir do ano que vem seja melhor”, define o presidente da comissão responsável pelos debates, Deoli Gräff (PP)
Alex Schmitt (PP) defende um modelo efetivo e lembra que a comissão precisará atuar durante o recesso do Legislativo para que o relatório seja encaminhado ao Executivo o mais breve possível, já que a licitação será em março. “Chance de melhorar a situação para os usuários e comerciantes. O contrato foi de dez anos e precisamos estabelecer um modelo que funcione”, completa.
Heitor Hoppe (PP) defende que o valor cobrado para estacionar não é caro, porém o serviço oferecido é deficitário na comparação com a tarifa. Segundo ele, é preciso encarar o rotativo com algo estratégico para que as pessoas sintam-se bem no Centro de Lajeado. “Se pensamos em turismo, temos que atender melhor e acabar com esse modelo punitivo”, alerta.
Lorival Silveira (PP) cita que o contrato de dez anos é impraticável e que não foram feitas adequações ao longo do tempo, nem mesmo em relação à motocicleta que desagrada os contribuintes. “Fiz requerimento, que 14 vereadores assinaram, para tirar essa moto e não aconteceu nada”, reclama.
Tecnologia e treinamento
Para o presidente do Sindilojas Vale do Taquari, Kiko Weimer, a qualificação dos cobradores é fundamental, uma vez que são frequentes os xingamentos aos funcionários da Stacione. “Eles recebem mais que os comerciantes, mas falta preparação e organização. Esses dias tinha um atendente que era responsável por seis quadras”, justifica.
O presidente do Sinduscom-VT, Jairo Valandro, entende que a melhor solução para resolver o impasse nas ruas centrais passa pela tecnologia. “Um site seria mais rápido, que não precise ficar fazendo cadastro. Forma de pagamento mais ágil, simplificada”, sugere.
Os sindicalistas também pediram mais rigor com a fiscalização das vagas para deficientes. Participaram ainda representantes dos contadores e arquitetos do Vale do Taquari.
