Padaria Dal Pizzol, uma história de 53 anos

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Padaria Dal Pizzol, uma história de 53 anos

Tradicional estabelecimento recebe os clientes na "esquina do hospital"

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Atualizado terça-feira,
12 de Dezembro de 2023 às 10:33

Padaria Dal Pizzol, uma história de 53 anos
Davi e a mãe Therezinha trabalham juntos na padaria (Foto: Anderson Lopes)
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“Fui criado dentro da padaria. Nasci em um saco de farinha”, brinca o empresário Davi Dal Pizzol, 58, filho de Leonildo e Therezinha, fundadores da Padaria Dal Pizzol, há 53 anos no mercado. Localizado na conhecida “esquina do hospital”, entre as ruas Júlio de Castilhos e Coronel Sobral, o espaço é um dos mais tradicionais da cidade. “Avaliamos a possibilidade de ampliar e modernizar o ambiente no futuro”, revela Davi, que nasceu em Guaporé, onde o avô e o pai administravam uma panificadora.

A vinda da família para Encantado foi motivada pela oportunidade de comprar a Padaria Alvorada, em 1971. “Eu tinha 5 anos. Viemos de kombi. Lembro que estava em andamento a obra do asfalto da estrada entre Muçum e Encantado”, conta. A troca do nome para Padaria Dal Pizzol ocorreu nos anos de 1980. “Iniciamos o negócio do zero. Eu não era confeiteira, tive que aprender. Convidei uma amiga de Guaporé para me ajudar aos finais de semana. Trabalhava das 5h à meia-noite. Eu era padeira, confeiteira, balconista, fazia o serviço de banco e ainda tinha as crianças para cuidar”, relata Therezinha, mãe de Davi, Marisa e Roni. Dos três, apenas os filhos homens permaneceram na padaria. A irmã seguiu a profissão de fisioterapeuta. A equipe atual conta com 14 colaboradores.

Aos poucos, o movimento começou aumentar. Algumas entregas dos pães de meio-quilo e 250 gramas eram feitas pelo ônibus para clientes de Nova Bréscia, Muçum e Roca Sales. A produção era braçal, sem o uso de máquinas. “As mil-folhas era necessário bater uma hora na mesa para depois dar certo, mas sempre ficavam boas. Até hoje nossos folheados são de qualidade”, destaca Therezinha, que usa seu exemplo para motivar as mulheres que desejam empreender. “A gente tem mais força do que pensa. As mulheres empreendedoras devem encarar a vida de frente”, orienta. Até a década de 1990, a venda se concentrava em pães e alguns produtos de confeitaria. “A partir dos anos 2000 nos especializamos e ampliamos o cardápio, com pães de queijo, folheados, doces e tortas”, acrescenta Davi, casado com Simone e pai da Luana.

Um fato marcante do início das atividades foi a ajuda que a família recebeu de Leonel Sangalli, proprietário do antigo Moinho Sangalli. “O pai tinha saído para fazer entregas de pão e quando voltou encontrou um caminhão estacionado com 100 sacos de farinha. O Sangalli tinha mandado e disse que era para o pai pagar quando pudesse”, recorda Davi, que a partir da formação em Administração de Empresas passou a se dedicar com mais atenção na gestão da empresa. “Para ter sucesso no empreendimento, além de fazer o que se gosta e de contar com um bom time que veste a camisa, é fundamental ter um olhar atento para a parte financeira e o setor de vendas, sempre pensando no melhor para o cliente”, observa.

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