Especialistas reforçam necessidade do estímulo  lúdico durante férias

LAJEADO

Especialistas reforçam necessidade do estímulo lúdico durante férias

Com a chegada do recesso escolar, entender o que fazer para manter as crianças ativas é essencial. Profissionais reforçam a importância de evitar telas e manter os pequenos em contato com outras pessoas

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Especialistas reforçam necessidade do estímulo  lúdico durante férias
Profissionais alertam para limite do uso de telas. De zero a dois anos, sem telas, e dos dois aos cinco anos uma hora. (Foto: Eloisa Silva)
Lajeado

Com o período de férias se aproximando, encontrar maneiras de manter as crianças entretidas é fundamental. Conciliar o tempo de tela com atividades lúdicas e motoras é um desafio entre os pais. Prezar pelo tempo de qualidade, seja entre pais e filhos, familiares e crianças ou entre amigos é uma das principais recomendações.

Para falar sobre o assunto, a psicopedagoga clínica e sócia proprietária da Clínica Espaço Pé com Pé, Cristiane Loposzinski, licenciado em Educação Física e pós-graduado em Recreação e Lazer, Paulo Roberto Hoppen, e professor de Educação Física, Álvares Dias foram os convidados da última quinta-feira, 7, de “Nossos Filhos”, programa multiplataforma do Grupo A Hora.

Segundo os profissionais, o recesso escolar é o momento ideal para introduzir novos hábitos, estreitar laços e cultivar o interesse por atividades que não podem ser feitas durante as aulas. Nesses momentos, afirmam, que liberdade de explorar e, ocasionalmente, se sujar e machucar é essencial.

“É melhor que a criança esteja na rua, em contato com pessoas, do que sozinho em casa. Afinal, o ser humano evolui e agrega conhecimento para si quando troca experiências com outros”, frisa Dias. Destaca que aproveitar espaços, como parques e praças, além de escolinhas e projetos de férias é uma opção recomendada.

Para Hoppen, sem esse estímulo, a longo prazo, há uma grande chance da criança desenvolver um certo analfabetismo físico. “Se não tiver quem incentive o menor a praticar esportes e brincar, é provável que ele nunca faça questão de ter contato com as práticas. Fator, esse, prejudicial para diversos aspectos da vida dele”.

Apoio parental

Os especialistas reforçam que os grandes exemplos para as crianças são os pais. Dentro de casa, acrescentam, se os pequenos vêem os responsáveis no celular, naturalmente começarão a reproduzir a atitude. “A presença é o melhor remédio”, afirma Cristiane.

“Além das práticas físicas, momentos de afeto e qualidade, por mais simples que sejam, fazem uma grande diferença durante o recesso. Auxiliar no jantar, fazer um piquenique ou jogar um jogo no tabuleiro, por exemplo, são atividades que mantêm a criança conectada de diversas maneiras”.

Outro aspecto levantado pelos profissionais é a necessidade de manter uma rotina. Dias explica que, principalmente em relação ao sono, é indispensável o cuidado com os horários. “Cuidados com sono, estimular momentos de leitura e promover encontros de brincadeiras em casa e fora também. Com toda certeza, a criança será participativa, basta uma iniciativa dos pais”, comenta Hoppen.

Evitando telas

O contato precoce com celulares, TVs e outros aparelhos eletrônicos alerta os profissionais. Entre os motivos desse uso está a falta de paciência dos responsáveis. Destacam, também, que o celular se tornou a maneira mais prática de acalmar a criança.

Para Dias, por mais que seja a saída mais prática, está longe de ser a ideal. Ele reforça que promover a socialização entre as crianças a partir de atividades físicas ou lúdicas, além de permitir o desenvolvimento motor e cognitivo, faz com que os pequenos busquem conexões reais, longe dos eletrônicos.

“As telas vieram para ficar, não temos como lutar contra. No entanto, é dever dos responsáveis balancear esse acesso. Trocar essa tecnologia por livros, brinquedos ou brincadeiras ao ar livre é o mais recomendado”, finaliza Cristiane.

Indicado é que uso de telas tenha supervisão dos pais. (Foto: divulgação)

Dicas dos especialistas

  • Promover momentos de leitura;
  • Levar as crianças para parques e locais abertos;
  • Trocar as telas por brinquedos e momentos com amigos;
  • Realizar atividades conjuntas entre pais e filhos, como a elaboração de um diário de férias.

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