Chegou a Lajeado uma equipe especializada em desastres ambientais que visa promover, formar e organizar gestão mais efetiva em relação às tragédias ambientais ocorridas em todo o Vale do Taqauri.
Durante entrevista ao programa A Hora Bom Dia desta quinta-feira, 7, o secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli, e o especialista em gestão de Risco e Desastres, Paulo José Souza falam sobre trabalhos que ocorrem até o próximo sábado, 9, em toda a região.
“Queremos ver como são os protocolos usados no mundo inteiro para serem usados no Vale do taquari”, diz Locatelli.
Souza esteve na região na primeira enchente, atuou de forma humanitária e identificou alguns pontos interessantes. “O que faz diferença nos desastres são os protocolos e procedimentos. Trazemos para cá como sugestão para dar apoio a esse plano que o secretário Locatelli está desenvolvendo. É exatamente a criação de uma matriz de cenários, responsabilidades e desenvolvimento de protocolos”, explica.
Ele ressalta, ainda, que projetos dessa magnitude servem também para grandes eventos como, por exemplo, a Copa do Mundo em 2014, onde tiveram 67 agências envolvidas e 217 cenários montados em que cada agência sabia como fazer, o que fazer e o que cada um precisava fazer, primordial para uma resposta de desastre.
“Quando tem trabalho feito de protocolos e procedimentos, todas as agências trabalham de uma forma harmônica e todos sabem o que precisam fazer, facilita, não tem retrabalho, não tem subdimensionamento, ou superdimensionamento de recursos humanos e materiais. E a gestão local tem uma facilidade muito grande podendo prever situações, saber quem vai poder atuar e antecipar situações de risco para as comunidades”, complementa Souza.
Além disso, Souza cita outro ponto importante que é o envolvimento das universidades. “A inclusão da percepção da gestão de risco e desastres em nível superior, na formação dos universitários, proposta que estamos trazendo para Lajeado”.
Conforme Souza, a equipe executa esse trabalho sem custos para o município. “O nosso objetivo é salvar vidas e minimizar os danos dos desastres para as pessoas. Todos os município do Vale precisam estar integrados, agências, órgãos de resposta e, principalmente, a comunidade. Temos que trabalhar com a região e não somente local. Vamos prever cenários e trabalhar em cima deles.”
Ouça a entrevista na íntegra