Escola suspende aulas após segunda enchente

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Escola suspende aulas após segunda enchente

Em meio à reforma na Fernandes Vieira, em Lajeado, cheias danificaram o sistema elétrico e interferiram na entrega das obras

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Escola suspende aulas após segunda enchente
Danos no assoalho foram provocados pela enchente de 2020. A obra só foi autorizada pelo governo do Estado três anos depois. Cheias de setembro e novembro atrasaram ainda mais a entrega. (Foto: Filipe Faleiro)
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Os cerca de 330 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Fernandes Vieira, em Lajeado, passaram a ter aulas remotas no dia 18 de novembro. Tudo por conta das duas enchentes de grande patamar em 2023.

As marcas dos episódios de setembro e de novembro estão nas paredes da instituição. Inclusive as cheias aconteceram em meio a troca do assoalho. O piso estava comprometido desde julho de 2020, também derivado de uma inundação.

No início deste ano letivo, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) apresentou um diagnóstico sobre obras emergenciais em 176 escolas gaúchas. Deste total, quatro são do Vale do Taquari.

A Fernandes Vieira consta nesta lista. A reforma começou no segundo semestre, com um investimento de quase R$ 320 mil. Depois das duas enchentes, além de interferir no cronograma da obra, houve danos no sistema elétrico, conta a diretora, Rosângela Petter Mello. “Por motivo de segurança, precisamos suspender as aulas presenciais.”

Mesmo antes da decisão, todo o primeiro piso do colégio estava interditado. As aulas para todas as turmas ocorriam no segundo andar. São sete salas, para nove turmas. “Estávamos atendendo como dava. Algumas turmas dividiam o mesmo espaço.”

O ano letivo vai até 22 de dezembro. Segundo a diretora, a expectativa é retomar as aulas na escola na próxima semana. “O assoalho está quase pronto. Em seguida ocorre a troca da fiação. Sabemos que isso interfere na rotina das famílias, e também nas nossas, dos professores e funcionários.”

Essa preocupação dos alunos ficarem sem atividades presenciais também está relacionada ao perfil dos matriculados. Por serem crianças em situação de vulnerabilidade, muitas dependem da alimentação da escola. Inclusive há estudantes que ficam no contraturno em serviços de assistência social, como a Slan, realça a diretora.

Com relação ao custeio da troca da fiação elétrica, pintura e retoques, uma parceria entre o Estado e uma Organização Não-Governamental (ONG) garante os recursos.

Demais obras

  • COLÉGIO CASTELO BRANCO
    A troca do telhado e a reforma do sótão começaram no mês passado. São cerca de R$ 800 mil de investimento. A previsão é liberar o retorno dos alunos (hoje com aula na Univates) até o início do ano letivo de 2024, em março.
  • CARLOS FETT FILHO
    A construção do segundo prédio começou em setembro após 14 anos de espera. São mais de R$ 2,7 milhões em investimento, A ampliação contempla dois pavimentos com quatro salas de aula, sala de professores e de estudos para docentes, biblioteca, sala de ambiente cultural, sanitários (inclusive adaptado) e elevador.

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