As enchentes do segundo semestre elevaram a preocupação quanto a leptospirose e dengue no Vale do Taquari. Em entrevista ao “Conexão Regional” do Grupo A Hora, a Coordenadora Regional de Saúde, Rafaela Fagundes, afirmou que as orientações para as secretarias municipais foram intensificadas.
Após a cheia de setembro, fora confirmados 300 casos de leptospirose na região de abrangência da 16ª CRS, que abrange 37 cidades. “Sobre a última enchente não há ainda repercussão em números, mas sabemos que o risco é maior. As pessoas ficam expostas a fezes e urina de ratos e outros animais com maior frequência nessas situações”, analisa.
Sobre a dengue, a coordenadora recorda que são 12 mortes em 2023 e que o período em que casos são mais recorrentes ainda não chegou. “A enchente deixou muitos focos de dengue e o risco está nos vasos de flores, embalagens, onde menos se imagina”, alerta.
Atendimento psicológico
Conforme Rafaela, traumas ocasionados pelos desastres naturais também demandam atenção do sistema de saúde regional. As cidades afetadas receberam R$ 40 mil para reforçar a disponibilidade de atendimento psicológico.
Sobre a infraestrutura no Vale do Taquari, a gestora regional cita que cinco unidades básicas de saúde foram invadidas pela água, além do hospital Roque Gonzáles de Roca Sales. “Se Roca Sales for contemplado mesmo com uma nova unidade de saúde, isso qualifica o atendimento para a população certamente”, comenta.
Integram a 16ª CRS: Anta Gorda, Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Capitão, Colinas, Coqueiro Baixo, Cruzeiro do Sul, Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Encantado, Estrela, Fazenda Vila Nova, Forquetinha, Ilópolis, Imigrante, Lajeado, Marques de Souza, Muçum, Nova Bréscia, Paverama, Poço das Antas, Pouso Novo, Progresso, Putinga, Relvado, Roca Sales, Santa Clara do Sul, São José do Herval, São Valentim do Sul, Sério, Taquari, Teutônia, Travesseiro, Vespasiano Corrêa e Westfália.
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