Rachadura no solo pode indicar futuro deslizamento, aponta geólogo

ENTREVISTA | FRENTE E VERSO

Rachadura no solo pode indicar futuro deslizamento, aponta geólogo

Especialista explica fatores de risco que precedem movimentação de terreno. "É preciso ter mais estudo e seriedade", destaca

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Atualizado sexta-feira,
24 de Novembro de 2023 às 14:01

Rachadura no solo pode indicar futuro deslizamento, aponta geólogo
Cristiano Danieli, geólogo e proprietário da Konda Geologia Ambiental (Foto: Rodrigo Gallas)
Canudos do Vale
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Em entrevista ao programa Frente e Verso desta sexta-feira, 24, o geólogo e proprietário da Konda Geologia Ambiental, Cristiano Danieli, explica fatores que influenciam os riscos de deslizamento e rachaduras nos solos da região.

O especialista esclarece que a geologia local, o tipo de solo, a declividade e a chuva, a condição climática, formam uma equação. Segundo ele, a ocupação irregular em alguns pontos, sem um estudo prévio, pode ser um grande risco.

Danieli explica a diferença entre inundação e deslizamento. “Na inundação, se faz um mapa topográfico, mede qual o leito menor do rio, onde ele sempre passa e o leito maior, onde é ocupado por ele, às vezes, consegue mapear e colocar duas linhas, seria fácil de resolver”. O leito maior não se ocupa.

Já o deslizamento é lidar com riscos, porcentagem de risco, probabilidade de ocorrência. “Não tem como dizer 100% que vai cair, em alguns casos ocorrem deslizamentos”.

Ele esclarece que o rastejo é um pré-deslizamento. Rachaduras que abrem uma fenda e, geralmente, precedem um deslizamento. “Podemos considerar isso como um aviso. O solo se liquefaz com muita chuva, se comporta como um fluido denso quando chove demais, então, se movimenta mesmo. Quando a inclinação é muito grande, acontecem as tragédias”.

Para evitar novas tragédias, o especialista em geologia pondera. “Em primeiro lugar, é preciso ter mais estudo e seriedade em lidar com esses problemas. A questão climática está bastante instável, o planeta está aquecendo e gerando mudanças no clima, chuvas torrenciais, secas severas. A força política e do poder público em geral precisa prevalecer.”

Assista a entrevista na íntegra

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