Na sessão de hoje, a mesa diretora da câmara de vereadores coloca em votação o projeto de lei que solicita um financiamento de R$ 8 milhões pelo governo municipal. Protocolado em 3 de outubro, a matéria tem sido alvo de intensa análise e debates após uma série de reuniões.
O presidente da Câmara, Paulo Roberto Heck (MDB), confirma a inclusão do projeto na ordem do dia, mas destaca a escassez de informações sobre a aquisição de terrenos e os detalhes da compra e construção das moradias.
Em resposta, governistas argumentam a necessidade urgente dos recursos para a compra de uma área previamente analisada e aprovada pela Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades, cuja localização ainda não foi divulgada.
Essa área, mesmo sendo particular, tem sua aprovação condicionada à destinação dos R$ 8 milhões para aquisição de 130 lotes. O projeto encaminhado à Caixa Econômica propõe a construção de 100 moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida, na modalidade Calamidade.
O governo federal, dentro desse contexto, se compromete a financiar integralmente moradias para famílias com renda mensal de até R$ 4,6 mil. “São centenas de pessoas que precisam de um novo lar. Por isso é importante que haja a aprovação do projeto”, defende o secretário da Administração, Aurio Paulo Scherer.
Famílias desabrigadas
Esta iniciativa é uma resposta às recentes enchentes que afetaram aproximadamente 3 mil pessoas, deixando 220 desabrigadas e alojadas nos ginásios do Glória, Barra da Forqueta, Aimoré e Centro.
No município, a Defesa Civil estima que sejam cerca de 280 moradias condenadas, em função da nova enchente e deslizamentos. Entre os bairros mais afetados estão o Navegantes e Tiradentes.