Osvaldo Moraes detalhará atuação de centro de monitoramento em seminário

ENTREVISTA | FRENTE E VERSO

Osvaldo Moraes detalhará atuação de centro de monitoramento em seminário

Diretor do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação é um dos painelistas do evento "Pensar o Vale pós-enchente", que ocorre nesta terça-feira, 14, na Univates

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Osvaldo Moraes detalhará atuação de centro de monitoramento em seminário
Osvaldo Moraes, diretor para área de clima e sustentabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Foto: Divulgação)

O diretor para área de clima e sustentabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Osvaldo Moraes é um dos painelistas do Seminário “Pensar o Vale pós-enchente” que ocorre nesta terça-feira, 14. Em entrevista ao programa Frente e Verso destaca assuntos que serão debatidos no evento.

Relata situação enfrentada pelo Brasil em 2011, quando chuva torrencial na Região Serrana do Rio de Janeiro deixou mais de 900 mortos. Até então, segundo Moraes, o Brasil não possuía sistema para monitorar ameaças e emitir alertas antecipados. “O desastre é o impacto que esse evento extremo causa na sociedade. Então, precisa além do monitoramento da ameaça, fazer a previsão de qual o impacto na população, ativos e sociedade como um todo.”

Após tragédia em Petrópolis, segundo diretor, Brasil criou instituição que faz monitoramento: o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem). No seminário, será detalhado o trabalho do governo federal com objetivo de criar uma metodologia para replicar no RS.

Ainda de acordo com Moraes, para a região do Vale, a situação está mais perto de uma resolução do que se imagina. “Eu diria que fazer esse sistema não é uma coisa muito complexa. Diferentemente de outras regiões como Petrópolis, a região do Vale tem alguma característica mais propícia para eventos hidrológicos como esse que aconteceu. Outra coisa que tem de vantagem no ponto de vista científico, a previsão desses eventos que causam esse tipo de impacto na região são meteorologicamente falando de mais fácil previsibilidade. Você fazer uma antecipação desses eventos não é um desafio científico hoje”, ressalta.

Projeto será apresentado durante seminário. “O que precisamos é de uma decisão política para implementar isso. Maior investimento a ser feito é de recursos humanos. Precisa ter um centro que opere 24 horas por dia e sete dias da semana. Precisa ter pessoas que conheçam a meteorologia, mas que conheçam também a hidrologia. Então, desenhar uma estrutura de um centro para fazer esse monitoramento não é difícil, diria que é relativamente simples. Vou apresentar como poderia ser isso e ver a disponibilidade política para implementar o projeto”, conclui.

Assista a entrevista na íntegra

 

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