Estado recua e modifica convênio com a Univates

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Estado recua e modifica convênio com a Univates

Alimentação escolar do Colégio Castelo Branco é retirada de acordo anterior. Empresa de Lajeado deixa serviço após licitação exigida pela Procuradoria Geral

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Estado recua e modifica convênio com a Univates
Troca do fornecedor do lanche e das refeições foi orientação da PGE. (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

Após mais de um mês de aulas dos alunos do Castelo Branco na Univates, o Estado não fez nenhum pagamento do uso das salas e da alimentação escolar. Tudo por conta do apontamento da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que orientou a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para buscar outro acordo.

Em um primeiro momento, foi feito um convênio com a Instituição de Ensino Superior (IES), em que estava previsto o lanche, almoço e janta. Com isso, foi feito um acordo com uma empresa de Lajeado.

O modelo foi modificado e o restaurante precisará ser indenizado. É o que afirma a gerente de Relações Institucionais da Univates, Cintia Agostini. “Fomos informados de que o formato deveria ser modificado. Fazer um termo de locação, inclusive era o que defendíamos desde o início”, afirma.

De acordo com ela, o formato de convênio com uso e alimentação havia sido um pedido do Estado. “Era o que tínhamos oferecido desde o início. Agora precisamos revisitar todo o contrato e encaminhar um processo de indenização, voltado para pagamentos sem contrato. Inclusive o fornecedor da alimentação precisará fazer isso também.”

Conforme Cintia, o acordo para uso do complexo da universidade foi feito para garantir o custeio operacional, sem lucro à instituição. “Não é um negócio. Nos prontificamos em ajudar enquanto ocorre a reforma do Castelinho.”

As aulas ocorrem nos prédios 4, 3 e 7. No recorte dos custos, o uso da universidade representa R$ 98,4 mil/mês. São 37 salas de aula, espaço de artes, sala administrativa, dos professores, banheiros, limpeza, espaço para educação física, sinal de internet e segurança. “Isso representa um custo de R$ 107 por aluno.”

Neste momento, é previsto um acordo para o mês de novembro e dezembro. Caso a troca do telhado e as melhorias no colégio não fique pronto até março, um novo contrato de aluguel terá de ser redigido.”

Alimentação vem de Estância Velha

No acerto anterior, a empresa fornecia lanche, almoço e janta pelo valor total de R$ 659,9 mil. Conforme a Seduc, “o convênio com a Univates foi reelaborado, priorizando apenas a locação do espaço. Sobre a alimentação escolar, houve uma empresa vencedora do certame e que os profissionais já estão na escola prestando o serviço de merenda aos alunos da instituição de ensino.”

O contrato em vigor após licitação por tomada de preços caiu para R$ 270 mil por mês. Ontem foi o primeiro dia com a nova fornecedora. As marmitas vieram em uma van climatizada direto da sede da empresa Nutrisul, de Estância Velha.

Conforme o diretor comercial, Bruno Hansen, o custo logístico para percorrer os mais de 103 quilômetros está incluso no preço final. “Conseguimos um preço competitivo pois nossa planta tem capacidade para preparar 14 mil refeições por dia.”

Foram mais de 1 hora e 30 minutos de deslocamento no período da manhã. Essa viagem é repetida nos turnos da tarde e da noite. “Ao todo faremos o percurso quatro vezes por dia”, diz Hansen.

Primeiro dia

Na entrega, houve algumas dificuldades. Não haviam talheres e nem copos. A equipe da empresa precisou comprar os itens no caminho. “Isso não fazia parte do edital. Cumprimos a risca o que estava. Mas agora vamos resolver. Vamos garantir o que faltou”, afirma o diretor.

Esses ajustes interferiram sobre o horário de aula. Professores contam que a hora da alimentação se estendeu e avançou sobre o retorno dos estudantes. A diretora do Castelinho, Jurema de Oliveira, reconhece os atrasos, e atribui isso ao período de ajustes devido a troca da fornecedora. “Isso vamos corrigir, e logo vai estar de acordo com a agenda da escola.”

Como as turmas estão em prédios distintos, os recipientes com as marmitas precisavam ser carregados pelo campus. Em um dos momentos, a vice-diretora do turno da manhã estava auxiliando um dos funcionários a carregar. Pelo peso, ela precisou pedir ajuda dos alunos.

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