Obstáculos no caminho. Matagal em terrenos baldios. Presença de insetos e roedores. Reclamações constantes da comunidade do bairro Montanha. Embora tenha ganhado novos investimentos públicos e privados nos últimos anos, a localidade ainda sofre com problemas típicos de uma cidade em pleno desenvolvimento
As reclamações são frequentes. Trata-se de uma das principais demandas que chegam até a Associação de Moradores do Montanha. Os locais indicados são variados. Mesmo em áreas mais urbanizadas, há relatos de terrenos sem edificações com acúmulo de resíduos e lixo verde, além do mato avançando nas calçadas.
Uma moradora, que prefere não se identificar, comenta que a grande quantidade de sujeira depositada nestes terrenos atrai até ratos e, em muitos casos, os proprietários não são localizados para efetuar a limpeza. “Infelizmente é um problema crônico. Muitas pessoas não estão nem aí com o próprio bairro, ou com os vizinhos.”
Na maioria dos casos, as denúncias feitas à Ouvidoria de Lajeado são feitas de forma anônima, justamente porque as pessoas têm receio de sofrer represálias. Até por isso, o acúmulo de lixo em determinados pontos é frequente.
Problemas
com o lixo
Outra situação bastante questionada é quanto à coleta do lixo. Este foi um dos problemas relatados por Silvane Kohlrausch, integrante da Associação de Moradores do Bairro Montanha no debate da Rádio A Hora 102,9.
“Quando vão colocar lixeiras que sejam realmente boas para a coleta seletiva? Os moradores falam muito comigo sobre isso”, frisa. No Montanha, o trabalho de recolhimento do lixo separado corretamente é feito sempre nas terças-feiras, desde o começo da manhã. Há, porém, quem defenda mais horários durante a semana.
Já a coleta convencional ocorre de segunda a sábado, sempre entre a manhã e a tarde. Porém, por vezes, a alternância nos horários confunde moradores, que depositam os resíduos após o caminhão ter passado pelo local.
Dificuldade
em localizar
Coordenador de Relações Comunitárias do município, Günther Meyer já atuou na Ouvidoria e admite que os pedidos por roçadas em terrenos são frequentes. No bairro Montanha, especificamente, aparece como uma das maiores reivindicações. Porém, nem sempre a resolução do problema é imediata.
“É um bairro com muitas reclamações nesse sentido, pois tem muita área sem edificações. Mas são terrenos particulares e, muitas vezes, é demorado notificar e dar prazo. Se não cumprirem, tem que notificar de novo, dar novo prazo. Só depois disso, se publica no Diário Oficial e colocam na lista para roçar”, comenta.
Meyer comenta que, embora a morosidade gere críticas da comunidade, são procedimentos legais que precisam ser cumpridos. “Isso quando o fiscal consegue notificar logo o proprietário do terreno”.
Nem mesmo a aprovação de uma lei na câmara de vereadores, no ano passado, torna o processo mais ágil. “Agora o município pode efetuar a roçada e cobrar depois. Mas também é um procedimento demorado”.
É um bairro com muitas reclamações nesse sentido, pois tem muita área sem edificações. Mas são terrenos particulares e, muitas vezes, é demorado notificar e dar prazo. Se não cumprirem, tem que notificar de novo, dar novo prazo”
Günther Meyer, coordenador de Relações Institucionais do município
FLAGRANTES
Imagens enviadas à reportagem mostram um pouco do descaso no bairro, com terrenos sujos, acúmulo de lixo e até mesmo calçadas danificadas. Veja: