Depois do caso de ameaça contra crianças e professores na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Porto Novo, no bairro Carneiros, pais de alunos se uniram na busca de providências. Além do registro de boletim de ocorrência na delegacia, o grupo solicitará aos vereadores a criação de um projeto de lei que exija a presença de, pelo menos, um segurança em cada escola.
“A minha filha chegou ontem em casa, entrou e falou: ‘se tiver algum homem mau, sai daqui que meu pai está junto’. O trauma ficou, as crianças ficaram muito assustadas”, lembra Cristian Hauenstein, pai de uma aluna da turma de 1° ano.
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O grupo também se solidariza com as professoras que passaram pelo susto. “Elas estão lá para educar nossos filhos. Foi muito triste saber o que aconteceu, logo em uma sala de aula, que é pra ser um ambiente de conhecimento, felicidade e tranquilidade para as nossas crianças”, ressalta Hauenstein.
Nesta quarta-feira, 23, ocorreu uma reunião do Comitê de Segurança Escolar. Estiveram reunidos o prefeito Marcelo Caumo, o secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli, e a secretária de Educação, Adriana Vettorello. Nesta reunião foram alinhados todos os encaminhamentos feitos pelo governo municipal desde o momento da comunicação do fato. O comitê encaminhou uma nota de repúdio e as escolas receberão orientações.
“Mantemos como sempre o monitoramento junto às escolas para qualquer demanda que se faça necessária”, diz Adriana Vettorello, secretária de Educação. O pai que invadiu a escola também foi convocado, junto à mãe da criança ferida, para uma conversa na sede da pasta. Foi feita uma reunião extraordinária do conselho escolar. As aulas continuam normalmente na escola e uma atividade de integração para tranquilizar as crianças está programa.
Relembre o caso
Enquanto os estudantes da turma de 1º ano do ensino fundamental brincavam na área externa da escola, um menino sofreu ferimentos com um graveto. As professoras logo acolheram e ajudaram o aluno, assim como avisaram o pai, que informou que iria buscar seu filho. As professoras informaram que o menino de seis anos estava bem, e apenas chorou com o susto, já que foram leves arranhões, e não havia necessidade de buscar a criança. O pai, porém, insistiu.
Ao chegar na escola, o pai teria ido logo direto em direção a sala de aula do filho, quando começou a gritar, ameaçar e assustar as demais crianças e professoras. O fato aconteceu por volta das 15h desta segunda-feira, 21.
Nota do Comitê de Segurança Escolar
“A prefeitura de Lajeado, por meio do Comitê de Segurança Escolar, emitiu uma nota na qual repudia qualquer ato de ameaça ou violência no ambiente escolar, demonstrando solidariedade aos profissionais da educação e às crianças/estudantes. A Secretaria da Educação está apoiando o grupo para superar esse momento de tensão, acompanhando os acontecimentos e fornecendo todas as informações necessárias. Nada justifica ações violentas no ambiente escolar, especialmente quando provenientes de pais ou responsáveis pelos alunos.”