Funções dos agentes e custos dominam perguntas sobre guarda armada

CÂMARA DE LAJEADO

Funções dos agentes e custos dominam perguntas sobre guarda armada

Vereadores indagaram representantes do governo municipal sobre o projeto que está em análise no Legislativo. Proposta não tem previsão de ser votada

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Funções dos agentes e custos dominam perguntas sobre guarda armada
Locatelli explanou sobre aspectos do projeto de lei aos vereadores em reunião extraordinária (Foto: Henrique Pedersini)
Lajeado

O impacto financeiro com a implementação da guarda armada e as atribuições dos agentes foram os principais questionamentos dos vereadores para o secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli e o coordenador de Trânsito, Vinícius Renner, na noite de ontem, em reunião extraordinária das comissões permanentes da Câmara.

Embora o projeto apresente estudo de impacto financeiro, houve pedido de detalhamento das despesas totais que o município terá com ao remanejamento dos agentes de trânsito para o serviço da guarda municipal.

“A bancada (MDB) certamente vai tomar decisão em conjunto. Não temos valor de impacto financeiro. Não sei se vai chegar R$ 5 milhões por mês”, afirma Waldir Blau (MDB). Já Deolí Gräff (PP) cobrou documentos com valores discriminados de salário, materiais e outras despesas. “Eu esperava planilhas, parecer de legalidade do projeto. É uma reunião de comissões”, argumenta.

Carlos Eduardo Ranzi (MDB) indicou que apresentará emendas ao projeto do Executivo. É o momento de darmos este passo”, sinalizou. Jones Vavá (MDB) foi mais um da oposição a valorizar o debate sobre segurança pública. “Lajeado tem recurso para tudo. Saúde, educação e segurança tem que andar juntos”, avaliou.

Heitor Hoppe (PP) elogiou a iniciativa da secretaria de Segurança Pública. “Desde já abro meu voto, sou favorável ao projeto. Li do início ao fim”, declarou. Sérgio Kniphoff (PT) pediu um plano municipal de segurança mais amplo ao Executivo. Márcio Dalcin (PSDB) questionou de que forma será a atuação dos agentes e se eles podem intervir em possíveis casos dentro de escolas ou prédios particulares.

Foto: Henrique Pedersini

Migração

Locatelli e Renner alegaram que, dos 33 atuais agentes de trânsito, aqueles que não quiserem migrar para a função de guarda municipal, não serão obrigados e que o serviço não vai operar em um primeiro momento com os 48 profissionais, que é o número sugerido no projeto, uma vez que há necessidade de concurso público para preencher as vagas restantes.

“Foi um debate maduro. Vamos levar em conta o que eles pediram e apresentar respostas. Sobre os valores, é ciência exata. Então, não tem interpretação. Fica mais fácil”, pondera Locatelli.

O projeto tramita na câmara há cerca de um mês e não há perspectiva de votação para as próximas sessões. Durante a reunião, se manifestaram líderes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Brigada Militar, que endossaram argumentos dos gestores municipais.

Reunião na Acil

Na parte da manhã, Locatelli e Renner estiveram na Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), onde atenderam líderes da associação empresarial sobre o mesmo projeto.

Conforme a presidente da Acil, Graciela Black, foram debatidas as responsabilidades dos guardas e não ficou definido o posicionamento da Acil sobre o projeto. “Vamos nos reunir enquanto associação e definir uma posição”, garante.

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