No encontro de gerações, emergem histórias de inspiração. Desde o carinho quando criança, até o apoio para as escolhas de vida, os pais são exemplos que, muitas vezes, também passam pela profissão. Assim, pai e filhos compartilham os dias e o amor pelo trabalho que escolheram desempenhar.
Esse é o caso de Gabriela Nunes Lemes, 24, e do pai Danilo Teixeira Lemes, 57, que encontraram na Brigada Militar, um gosto em comum. “A admiração pelo profissionalismo do meu pai e orgulho pelo serviço que ele prestava foi o que me fez escolher essa profissão”, conta a policial.
Ela lembra que acompanhava o trabalho do Tenente Lemes desde pequena, e gostava de admirar as viaturas. Quando completou 10 anos, Gabriela também passou a acompanhar as atividades físicas do pai. Enquanto ele corria, ela ia de bicicleta e eram esses momentos que aproximavam os dois. Até que, com 16 anos, ela foi estagiária de nível médio da Brigada Militar, no 2° Batalhão de Polícia Militar de Rio Pardo.
“Eu tive a oportunidade de conhecer a relação interpessoal do meu pai com os demais policiais militares, e senti ainda mais orgulho do 3° Sargento Lemes”, destaca. Ela lembra que, em 2017, o pai estava no Curso Técnico de Segurança Pública (CTSP), e avisou a filha sobre um concurso para ingresso de novos soldados. Além do incentivo, ele também proporcionou financeiramente os estudos de Gabriela.
Quando ela entrou na instituição, em 12 de novembro de 2018, o pai era 2º Sargento e foi disciplina dela no Curso Básico de Formação Policial Militar, além de instrutor das disciplinas de Ordem Unida e Estágio Supervisionado. A formatura foi em 2019, e Lemes foi homenageado do curso pelos 140 formandos.
Hoje, Gabriela é policial militar do 5° GPM de Colinas, chamada de Soldado Lemes. Enquanto o pai é Tenente da Reserva Remunerada, também conhecido pelo sobrenome Lemes.
“Carregar o mesmo nome de “guerra”, é como levar toda uma trajetória que começou há mais de 36 anos com meu pai. É um orgulho ter, além de uma profissão, um propósito de vida que se iniciou pelo meu pai”.
Para o tenente, ver a filha seguindo seus passos é motivo de orgulho. “É ver a continuidade do caminho que iniciei em 1987, uma profissão que exige dedicação exclusiva, mas proporciona oportunidades de vivências diferenciadas”.
Na terra, um gosto de gerações
Com o negócio já na terceira geração da família, a Horta Purper também é um sonho passado de pai para filho. A história da agroindústria iniciou com Seu Pedro Purper, 83, que, já com o exemplo do pai Alfredo, costumava plantar milho, feijão e outros grãos e, com um Fusca, passava pelas casas da vizinhança, no bairro São Bento, em Lajeado, para vender os cultivos.
Quando os filhos nasceram, o trabalho na terra passou a ser praticado em família. E, mais tarde, um dos filhos, Marcos Purper, 47, comprou parte da propriedade para modernizar o plantio. Sistema de irrigação e estufa foram alguns dos investimentos que fizeram o negócio crescer.
“Meu pai sempre trabalhou por amor à profissão, ele gosta do que faz, fim de semana está sempre na roça, passeando, arrumando algo para fazer”, conta Mailor Purper, 23, filho de Marcos.
Quando pequeno, ele lembra de acompanhar os pais no campo e, assim, foi tomando gosto pela terra. Depois de se formar no Ensino Médio, já ingressou na faculdade e, hoje, é graduado em Gestão do Agronegócio.
“Fomos agregando conhecimento, ajeitando a propriedade, evoluindo e isso foi mudando o trabalho e nos fez chegar onde estamos hoje”, acredita.
Apesar de acompanhar a produção que fica, hoje, nos fundos de casa, Seu Pedro continua o cultivo, mas em menor quantidade, principalmente para manter a mente e o corpo saudáveis. “O vô e o pai são muito orgulhosos, porque é uma coisa que eles começaram e que estamos dando continuidade”, destaca Mailor. Ele diz que esse é um dos incentivos para que a família continue investindo tempo, carinho e dinheiro na produção.
