Às vésperas de completar 19 anos de fundação, a Associação de Proteção aos Animais (Apaam) enfrenta dificuldades para manter as atividades e cuidados com os cães. Entre os principais problemas está a captação de recursos para manutenção da alimentação, cuidados veterinários e exames.
Hoje são mantidos no espaço 90 animais, porém a capacidade é para 32. Todos eles estão abrigados no canil que fica aos fundos da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Com a superlotação, a associação não consegue abrigar mais cães, sob o risco de aumentar o estresse e brigas entre os animais.
Todos animais estão castrados, vacinados e vermifugados. O relatório mensal de despesas da organização não governamental, aponta um gasto de R$ 4,5 mil em rações e R$ 1,5 mil em procedimentos veterinários. Nos primeiros meses de 2023, de janeiro a abril, a estimativa é que mais de R$ 30 mil foram destinados aos cuidados dos animais abrigados.
Em algumas situações mais graves, exigem o encaminhamento ao veterinário onde é necessário exames como raio x, ultrassom, ecocardiograma e cirurgias. Para custear estas despesas, são realizados eventos como chás, brechós, rifas, venda de bolos, pedágio solidário, venda de chaveiros confeccionados por voluntárias.
A Apaam
A Organização Não Governamental foi fundada em 2004, na época por um grupo de amigos voluntários. No início eram quatro cães. Com o passar do tempo, uma fábrica cedeu um espaço para alojamento de cães, e o número saltou para 40 animais.
Em 2012, por parte do governo municipal, houve a cedência de um terreno para o abrigo de animais e o repasse de R$ 32 mil para construção de um novo abrigo. O valor foi utilizado para custear o projeto e mão de obra, outros materiais de construção foram doados. No entorno também foram plantadas árvores.
Atualmente a Apaam recebe ajuda do governo municipal com o pagamento da água e energia elétrica. Dois funcionários são cedidos para a limpeza e trato dos cães. O controle de zoonoses é feito pelas médicas veterinárias concursadas da Secretaria da Agricultura.
A sala de castração do espaço foi desativada e cedida para o Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental (Codemam). Os procedimentos estão parados no momento e devem voltar no mês que vem, realizados pelo Centro de Referência e Assistência Social (Cras) aos animais da ONG e famílias do Cadastro Único (CadÚnico).