Abaixo-assinado quer impedir a supressão da mata no Morro Gaúcho

MEIO AMBIENTE

Abaixo-assinado quer impedir a supressão da mata no Morro Gaúcho

Movimento é organizado pela ONG Ecobé que lidera uma série de estudos ambientais no local

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Atualizado sábado,
10 de Junho de 2023 às 18:49

Abaixo-assinado quer impedir a supressão da mata no Morro Gaúcho
ONG quer a preservação ambiental de toda cadeia montanhosa que compreende o Morro Gaúcho. Preocupação surgiu após os anúncios de investimentos no local (Foto: Divulgação)
Arroio do Meio
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Na tentativa de buscar mais apoio popular na proteção do Morro Gaúcho, a ONG Ecobé organiza um abaixo-assinado em defesa da natureza no local considerado o maior cartão postal de Arroio do Meio, com 550 metros de altitude. A intenção é reforçar a necessidade de preservação da mata nativa no local e impedir o corte de vegetação na área.

A coleta das assinaturas iniciou nesta semana, dia 7, e ganhou as redes sociais e grupos de whatsapp. E Ecobé, ao longo dos anos, lidera uma série de estudos no local. Conforme um dos líderes da ONG, o engenheiro ambiental Cleberton Diego Bianchini, a organização do abaixo-assinado está relacionada à tentativa de dar visibilidade ao que está acontecendo no Morro Gaúcho, com os recentes anúncios de investimentos no território.

A intenção é que na elevação, sejam mantidas as características ambientais do espaço, sem a descaracterização.

No documento online, anexado ao abaixo-assinado, a Ecobé detalha os atrativos do Morro Gaúcho. O local é conhecido por esportes radicais e prática ao ar livre como corridas de montanha, caminhada, observação de aves e acampamentos. No total, toda cadeia montanhosa, são mais de 2 mil hectares compostos por vegetação nativa em diferentes estágios.

Estudos também apontam para a existência de mais de 130 espécies de aves e mamíferos como tamanduá, quati muitos destes ameaçados de extinção no Rio Grande do Sul.
O documento da Ecobé questiona as mudanças recentes estabelecidas em decretos municipais que consideraram as áreas dos morros Gaúcho, São José e Ventania de interesse turístico e social. “Isso viabilizou os projetos nas áreas e não levou em conta as Zonas de Proteção Ambiental (ZEPA) estabelecidas em 2020 no Plano Diretor”.

Investimentos anunciados

Tema central dos debates entre entidades e líderes empresariais, o Complexo turístico e o monumento ao Gaúcho aguarda ainda a aprovação das licenças prévias. Os documentos foram protocolados em março e estão em análise pelo Departamento Municipal de Meio Ambiente.
A construção da área de lazer é de responsabilidade da empresa Morro Gaúcho Participações. Um decreto editado pelo prefeito Danilo José Bruxel tornou os investimentos de interesse social. Na prática, a ação facilita a ação dos investidores.

O complexo prevê entre 12 atrativos, a construção de um monumento de 40 metros de altura em uma elevação de 464 metros. De acordo com o secretário da Administração, Aurio Paulo Scherer, todos os impactos ambientais do projeto estão em avaliação, dentro de critérios e normativas e legislações federais e estaduais. Quanto aos decretos, ele afirma que a decisão ocorreu dentro da normalidade e já estava prevista desde 2022, quando houve o reconhecimento turístico das áreas.

 

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