Incentivar a inclusão, a participação e o contato direto dos alunos da Apae com o meio ambiente. Este é um dos objetivos do Projeto Mãos que Preservam, que foi desenvolvido na tarde de segunda-feira, 6, no espaço Perau de Janeiro, em Arvorezinha. Na ocasião, integrantes da Emater/RS-Ascar e da Escola de Educação Especial Arvorezinha, com o apoio da Afubra, da prefeitura e do Sindicato Rural, realizaram o plantio de mudas de árvores nativas, com vistas a estimular e sensibilizar os alunos para as questões de preservação ambiental.
Parte das ações desenvolvidas durante a Semana do Meio Ambiente a atividade, de acordo com a extensionista da Emater/RS-Ascar Rafaela Czermaneski, visa não apenas possibilitar o acesso de pessoas com deficiência à informação ambiental, como também oportunizar a valorização e o respeito à natureza como um todo. “Também é uma forma de promover o senso de pertencimento entre os alunos, derrubando ainda o conceito de capacitismo, que remete a uma preconcepção sobre as possibilidades do público atendido”, analisa Rafaela.
A fala da assistente social do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Sonia Baldissera, vai ao encontro da de Rafaela. “Esse é o verdadeiro processo de inclusão da pessoa com deficiência, respeitando tempos, tendo paciência com as necessidades, as eventuais limitações, mas sem deixar ninguém de fora”, destacou, valorizando ainda o trabalho em rede, com o apoio das diversas entidades. “No fim das contas é um aprendizado para todos os envolvidos, não apenas para os alunos, já que todos refletiremos sobre como lidamos com o meio ambiente”, comenta.
Porta-voz do grupo, a aluna da Apae Dioneia Filipini declamou de forma improvisada um poema em homenagem à natureza, salientando a importância da preservação. “Cabe a todos nós o cuidado de não queimar, não poluir, colocar o lixo no lugar do lixo”, destacou. Outro aluno, Fabiano Somensi também valorizou a atividade. “É muito bom sair, fazer outras coisas” afirmou. A professora Sonia salienta que a ação integra uma série de outras atividades realizadas em pontos turísticos do município, na ideia de divulgar esses espaços para todos os munícipes.
Para o próximo ano já há a indicação de que o projeto deve ter continuidade. “Quando as árvores crescerem, tornaremos este um espaço para piqueniques e encontros” observou Sonia. Para a extensionista da Emater/RS-Ascar Elizangela Teixeira, ações inclusivas permitem o desenvolvimento do público assistido, permitindo também às demais pessoas a convivência com a diversidade. “São vários os municípios da região que possuem projetos para implantação de hortas, de composteiras ou outras ações com o apoio técnico da Emater”, frisou.
A ideia geral, para Rafaela, é pensar a inclusão permanente para público em vulnerabilidade. “Em muitos casos eles são pouco convidados a colaborar, a participar da vida em sociedade”, pondera. Representando a Afubra, o gerente Juliano Landim observou que foram 25 mudas doadas por meio do Projeto Verde é Vida, da entidade. “Pra nós é uma honra e uma satisfação poder trabalhar de forma conjunta e acolhedora entre todos”, destacou. Landim esteve acompanhado do avaliador da Afubra Jonas Hermes.
