Céu ou inferno?

Opinião

Ledi Giongo

Ledi Giongo

Secretária Executiva da Cooperativa Dália

Céu ou inferno?

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Ao longo dos anos, a humanidade tem discutido o conceito de céu e inferno. Lembro que, quando criança, sempre ouvia que aos bons era concedida a dádiva do céu e aos maus só restava o castigo do inferno. Mas o que é realmente o céu e o inferno?
Serão lugares físicos ou espirituais? Ou serão somente conceitos que se atribui a um estado de espírito, dependendo da qualidade de nossa vida ou, ainda, o resultado das escolhas que fazemos no decurso da nossa existência?

A maturidade e as experiências vividas ao longo do tempo me fazem crer que é possível estar na terra e caminhar por aqui “vivendo no céu”, como também estar “constantemente no inferno”. Do ponto de vista das opções é, sim, absolutamente possível que essas duas coisas aconteçam e dependam de escolhas.
Entende-se céu como um lugar de paz, de amor, de harmonia, de felicidade, de sorrisos e de bem-estar. Em oposição, considera-se inferno um local em que o amor não pode entrar, o perdão é desconhecido, o sofrimento habita, e a angústia instalou-se para ficar.

O fato é que, se perguntarmos a qualquer pessoa aonde deseja ir quando morrer, sempre, a resposta será: para o céu. Mas se perguntarmos como é sua vida aqui, na terra, com muita frequência, encontramos respostas desanimadoras, revelando tristezas, angústias, sofrimentos e infelicidade.

Respostas como “minha vida é um inferno” são comuns. E, convenhamos, o inferno, todos sabemos, está relacionado a alguma coisa muito desagradável, como o castigo para os maus. Pergunta-se, então: por que, por antecipação, escolher o inferno para viver aqui na terra?

Evoluindo o pensamento, penso que é bem melhor viver aqui na terra sendo céu do que amargar as angústias antecipadas do inferno. É possível, sempre, caminhar por aqui em estado de paz e harmonia interior, como também, acredito, escolhermos qual caminho nos permite chegar a um desses dois estados.

Dependerá sempre de nossa reação: se ela for de revolta, de agressão, de inveja, pré-disposição para a briga, para a guerra, viveremos em um estado de inferno e tudo o que se fará na vida é provocar dor e sofrimento. Porém, se revidarmos a agressão com um sorriso, se perdoarmos, se concedermos um olhar de paz e amenizarmos a dor, se olharmos para alguém e vermos bondade ao invés de inveja, se sorrirmos, viveremos um estado de céu.

De fato, são muitas as opções, como também as escolhas e estas, sempre, serão de nossa própria responsabilidade. E isso poderá significar viver no céu ou no inferno. Paz ou guerra. Amor ou ódio. Alegria ou tristeza. Presídios ou liberdade. Céu ou inferno.
Chorão, da Banda Charlie Brown Jr., já dizia: “O homem, quando está em paz, não quer guerra com ninguém”. Esta paz, quem constrói, é o próprio homem, independentemente de qualquer situação adversa.

E por falar em paz, penso que um local que ela desconhece é, certamente, Brasília. Por lá, penso, que o inferno comprou o direito de exploração do território há tempos e para alojar os mais afoitos interessados em usufruir as condições por ele oferecidas. Como disse, tudo é uma questão de opção.

Céu! Ah, no céu, estamos nós (ou imaginamos que estamos?) que trabalhamos, cumprimos obrigações, geramos riquezas, pagamos impostos, participamos do destino da sociedade por meio do voto (nem sempre escolhemos a melhor opção) o que nos concede o direito à vida e à liberdade.
Céu ou inferno: duas opções, passíveis de nossa escolha.

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